O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, disse que ter um acordo pandêmico é uma missão essencial para a humanidade “após as enormes perdas às comunidades, países, empresas e economias durante a pandemia da Covid-19”.
Falando nesta segunda-feira na Cúpula Mundial de Governos, nos Emirados Árabes Unidos, Tedros Ghebreyesus destacou que tais perdas não devem ser nem em vão, nem repetidas.
Futuras gerações
Ele enfatizou que neste momento o mundo está despreparado para enfrentar uma situação semelhante de crise.
Chefe da OMS enfatizou que uma preparação para futuras pandemias evitaria expor as futuras gerações ao sofrimento - Foto: © Unicef/Angad Dhakal
Além de listar as consequências da Covid-19, o chefe da OMS enfatizou que uma preparação para futuras pandemias evitaria expor as futuras gerações ao mesmo sofrimento que a atual viveu.
Na avaliação do diretor-geral, as perdas em diversos campos seriam menores se houvesse um acordo antes da pandemia. Para ele, o momento atual é de liderança nos mais altos níveis de governo até que um acordo sobre preparação e resposta a pandemias seja entregue à Assembleia Mundial da Saúde dentro de 15 semanas.
Ele apontou dois obstáculos nos esforços em curso para desenvolver um tratado internacional sobre o tema: As questões não resolvidas entre os países e a propagação de falsas alegações sobre o acordo.
Desigualdade, informações falsas e desinformação
O chefe da OMS defende que o entendimento visa reforçar a cooperação global em diversas áreas relacionadas com a saúde e descartou “as teorias da conspiração que o rodeiam”.
OMS defende que mundo está despreparado para enfrentar uma situação de crise - Foto: © Unicef/Habib Kanobana
Tedros Ghebreyesus destacou ainda que o momento atual é para rejeitar a desigualdade, as informações falsas e a desinformação e abraçar a cooperação internacional.
Na intervenção, o diretor-geral falou ainda do apoio da OMS para aliviar a situação em Gaza onde entregou 447 toneladas de suprimentos médicos. Para a OMS o auxílio “é uma gota no oceano de necessidades, que continuam a crescer a cada dia.”
Apenas 15 dos 36 hospitais ainda funcionam parcial ou minimamente na área onde ocorrem operações militares de forças de Israel em resposta ao ataque de 7 de outubro do movimento Hamas ao território israelense.