Uma pesquisa recente, divulgada em agosto no Environmental Research, publicado pela Elsevier, revelou uma forte associação entre depressão grave, declínio cognitivo e a exposição ao glifosato, o herbicida mais amplamente utilizado no mundo.
Conduzido por cientistas de Taiwan, o estudo analisou dados de 1.532 adultos dos Estados Unidos, provenientes da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (NHANES). Utilizando dados de 2013–2014, os pesquisadores investigaram a possível ligação entre a exposição ao glifosato e a função cognitiva, sintomas depressivos, incapacidade e condições médicas neurológicas.
Os resultados destacaram que 80,4% dos indivíduos estudados apresentaram níveis detectáveis de glifosato na urina. Além disso, observou-se uma relação substancial entre os níveis de glifosato urinário e os resultados dos testes de função cognitiva.
O estudo apontou que as chances de desenvolver sintomas depressivos graves eram significativamente maiores em indivíduos com níveis mais elevados de glifosato. Também foram observadas pontuações mais baixas de função cognitiva, maiores probabilidades de sintomas depressivos graves e um aumento do risco de dificuldades auditivas graves em pessoas com maior exposição ao herbicida.
Os cientistas concluíram que o estudo fornece evidências importantes de uma associação entre os níveis urinários de glifosato e resultados neurológicos adversos em uma amostra representativa da população adulta dos EUA.
Outros estudos recentes sugerem que tanto o glifosato isolado quanto os herbicidas à base de glifosato, como o Roundup, possuem propriedades neurotóxicas. Até o momento, as fabricantes de herbicidas à base de glifosato, incluindo a Bayer/Monsanto, produtora do Roundup, não se pronunciaram sobre as descobertas deste estudo.
Com informações de @xepaativismo.