Dourados – MS sexta, 17 de janeiro de 2025
35º
Saúde

Moraes proíbe acesso aos prontuários de mulheres que realizaram aborto

Acesso está proibido em todos os hospitais do estado de São Paulo

12 Dez 2024 - 18h15Por André Richter, Agência Brasil - Brasília
Moraes proíbe acesso aos prontuários de mulheres que realizaram aborto - Crédito: Bruno Peres/Agência Brasil Crédito: Bruno Peres/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) de requisitar prontuários de pacientes que realizaram aborto legal em hospitais paulistas.

A decisão foi motivada por notícias publicadas pela imprensa sobre solicitações de acesso que teriam sido feitas pelo Cremesp ao Hospital das Clínicas de Botucatu (SP).

Na decisão, que foi publicada nesta quinta-feira (12), Moraes determina que a proibição de acesso aos prontuários das pacientes se estenda a todos os hospitais do estado.

"Determino que está vedado ao Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo requisitar prontuários médicos de pacientes que realizaram aborto legal", decidiu o ministro.

Moraes também determinou a intimação do conselho para explicar os pedidos de acesso aos prontuários.

Em maio deste ano, Alexandre de Moraes suspendeu a resolução aprovada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para proibir a assistolia fetal para interrupção de gravidez.  O procedimento é usado pela medicina nos casos de abortos previstos em lei, como o caso de estupro.

No mês seguinte, o ministro determinou a suspensão de processos disciplinares abertos pelo Cremesp contra médicos que realizaram a assistolia.

O caso chegou ao STF por meio de uma ação protocolada pelo PSOL.

Ao editar a resolução, o CFM entendeu que o ato médico da assistolia provoca a morte do feto antes do procedimento de interrupção da gravidez e decidiu vetar o procedimento.

“É vedada ao médico a realização do procedimento de assistolia fetal, ato médico que ocasiona o feticídio, previamente aos procedimentos de interrupção da gravidez nos casos de aborto previsto em lei, ou seja, feto oriundo de estupro, quando houver probabilidade de sobrevida do feto em idade gestacional acima de 22 semanas”, definiu o CFM.  

Deixe seu Comentário

Leia Também

Surto de Marburg na Tanzânia coloca OMS em alerta; entenda doença
Saúde

Surto de Marburg na Tanzânia coloca OMS em alerta; entenda doença

17/01/2025 14:30
Surto de Marburg na Tanzânia coloca OMS em alerta; entenda doença
Entenda o que é o vírus respiratório responsável por surto na China
Saúde

Entenda o que é o vírus respiratório responsável por surto na China

17/01/2025 12:30
Entenda o que é o vírus respiratório responsável por surto na China
Municípios e estados têm até esta sexta para retomar obras de saúde
Saúde

Municípios e estados têm até esta sexta para retomar obras de saúde

17/01/2025 11:45
Municípios e estados têm até esta sexta para retomar obras de saúde
Escassez de dados sobre a população autista dificulta o desenvolvimento de políticas públicas
Saúde

Escassez de dados sobre a população autista dificulta o desenvolvimento de políticas públicas

17/01/2025 07:20
Escassez de dados sobre a população autista dificulta o desenvolvimento de políticas públicas
Nova molécula apresenta potencial para tratar infecções pulmonares causadas por microrganismos
Saúde

Nova molécula apresenta potencial para tratar infecções pulmonares causadas por microrganismos

17/01/2025 07:00
Nova molécula apresenta potencial para tratar infecções pulmonares causadas por microrganismos
Últimas Notícias