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Impossível virou realidade, diz astronauta

18 Jul 2011 - 10h33
David Wolf, em foto oficial da Nasa - Crédito: Foto: NasaDavid Wolf, em foto oficial da Nasa - Crédito: Foto: Nasa
“O programa dos ônibus espaciais vai ficar para a história como uma das experiências mais incríveis da exploração espacial humana”. A definição é de David Wolf, astronauta que participou de quatro missões diferentes, com um total de 168 dias, 12 horas 56 minutos e 4 segundos no espaço.

O programa, que durou 30 anos e se encerra com o pouso do Atlantis, “foi muito ambicioso e fez o impossível virar realidade”, nas palavras de Wolf.

Ele destaca que a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) não seria o que é hoje se não fosse pela capacidade de transporte de cargas dos ônibus espaciais.

Porém, o astronauta reconhece que a substituição dos veículos por cápsulas – naves como a russa Soyuz, que não tem asas – é a melhor opção para o momento.

“A cápsula é mais robusta. Por isso, não há por que não usar. O simples é o melhor e serve aos propósitos”, afirmou Wolf , com uma ressalva: “cápsulas não teriam feito uma estação”.

“Estamos num processo de transição. No futuro precisaremos de capacidade de lançar muito peso, mas isso não quer dizer que precisamos de ônibus espaciais”, prosseguiu.

Segundo ele, novos objetivos levarão a novos tipos de naves. “Marte é um destino sim, é um dos alvos dos próximos programas, e vai impulsionar a criação de novas tecnologias em várias áreas, como geração de eletricidade, suporte à vida e capacidade de encontro no espaço”, explicou.

Saudades?
Wolf teve grande participação nos projetos de intercâmbio entre Estados Unidos e Rússia, tanto que aprendeu a língua eslava. Numa de suas missões, passou quatro meses na Mir, antiga estação russa, e chegou a fazer treinamento para voar na Soyuz. Contudo, todas as suas viagens ao espaço foram em ônibus espaciais.

Uma dessas viagens foi a bordo do Columbia, antes do acidente de 2003. “Nós, astronautas, compreendemos os riscos e as dificuldades da viagem especial e entendemos também que os benefícios são maiores. Vê-los [os sete colegas que estavam na nave] morrer foi triste, mas aumentou o heroísmo deles”, contou, sobre o que sentiu ao ver o desastre.

O astronauta disse ainda que seu filme predileto sobre exploração espacial é “Apollo 13”, que conta a história de uma missão bastante tensa à Lua, que quase terminou em tragédia. Por coincidência, ele estava no espaço – na Mir – quando viu o filme pela primeira vez, e admitiu que a sensação foi estranha.

Aos 54 anos, Wolf ainda trabalha na Nasa, mas já não pretende mais voltar ao espaço, e considera que o maior ganho que teve nas viagens foi o contato humano.

“A vista da Terra é marcante para todos os astronautas. Mas as conversas com os colegas astronautas e cosmonautas são as melhores memórias”, afirmou.

Médico e engenheiro eletricista por formação, Wolf explicou que o programa espacial possibilitou experiências únicas, que não seriam possíveis na Terra, que podem trazer avanços em algumas áreas da biologia. Ainda não houve nenhum grande avanço confirmado, pois “ciência não é mágica e exige trabalho”, segundo ele, mas a possibilidade ainda existe.

Mas essas experiências não são a principal contribuição do programa para a ciência. “Talvez o mais importante é o senso de inspiração das viagens espaciais. Ela motiva os jovens a pensar na carreira científica”, argumentou.

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