Foto: Divulgação - A morte de um rapaz de 21 anos é investigada pela Secretaria Estadual de Saúde, suspeita por infecção do novo coronavírus. O óbito foi registrado no final da noite de ontem (1/04) no Hospital Universitário de Dourados.
Segundo apurado por O PROGRESSO junto à equipe de enfermagem do hospital, os resultados dos exames do jovem devem chegar ainda nesta quinta-feira (02/4). As amostras foram encaminhadas ao Lacen (Laboratório Central) na terça, e apesar do diagnóstico não ter sido confirmado ainda, a equipe clínica acredita que a morte não tenha relação com a Covid-19, devido a ausência de sintomas.
Conforme servidora ouvida pela reportagem, o douradense apresentava apenas dores no peito. "Não havia qualquer sintoma gripal, como tosse ou febre", relatou.
Ainda conforme o HU, a vítima já teria sentido tais dores em outros momentos. Ele foi encaminhado ao HU na terça-feira à noite e logo na entrada à UTI (Unidade de Terapia Intensiva) sofreu três paradas cardíacas. "Foi bem delicado o caso dele", relata a profissional.
O paciente teria antes passado pela UPA (Unidade de Terapia Intensiva), onde chegou pilotando motocicleta e foi internado junto com outro rapaz, vítima de uma queda de escada.
A enfermeira que atendeu O PROGRESSO afirma não compreender o porquê do jovem ter sido colocado como suspeito para Covid-19, já que não tinha qualquer sintoma gripal. "Acredito que seja pelo alarde dos últimos dias", avaliou. Ele ficou internado em isolamento, na área preparada para suspeitos do novo coronavírus. Mas, acabou não resistindo e morreu.
O paciente que o rapaz teve contato acabou sendo também internado no isolamento da UTI do HU. Ele teve traumatismo cranioencefálico devido a queda, mas já apresenta melhora no quadro. Segundo a unidade de saúde, ele não possui nenhum sintoma da Covid-19 e está apenas aguardando o resultado do exame do jovem que morreu, e caso dê negativo, será liberado do isolamento.
Essa ala reservada às suspeitas e vítimas da Covid-19 foi aberta na semana passada e conforme explicou a enfermeira, é uma sala onde cada paciente é instalado dentro de uma espécie de aquário de vidro, que o isola de qualquer exposição ao ar concentrado no mesmo ambiente. "Para ter acesso ao paciente existem duas portas. Assim não há risco de contaminação, pelo menos enquanto houver poucos casos. Se aumentar o número de pacientes, a infecção dentro da própria UTI pode ocorrer", finalizou.
*O nome da servidora foi preservado para evitar qualquer tipo de retaliação por concessão de informações. O PROGRESSO tentou anteriormente contato com o departamento de comunicação do HU, que não atendeu nenhuma das ligações realizadas.
*A matéria foi alterada às 9h55 para corregir a informação de que o HU estaria investigando a morte. Na verdade, quem analisa as amostras e gerencia os diagnósticos é a Secretaria Estadual de Saúde.
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