
Mesmo diante da recusa, pela Anvisa, da demanda impetrada pelo estado do Maranhão para aquisição da Sputnik V, Mato Grosso do Sul não desistirá da compra da vacina. A afirmação é do governador Reinaldo Azambuja, que defende a vinda do imunizante.
A falta de documentação foi o principal obstáculo, apontado pela Agência, para não autorizar a importação do medicamento. O governador ressaltou que o Estado, dispõe hoje, de R$ 2 milhões de recursos próprios, e que Mato Grosso do Sul vai continuar na busca pela compra da vacina, seja via Consórcios Brasil Central ou Fórum dos Governadores. Para ele, a vacinação é a única forma de conter os números da doença, em especial o de mortes.
Nas últimas 24 horas, foram notificados mais 38 novos óbitos. 5.581 no total. Só nos quatro primeiros meses deste ano, Mato Grosso do Sul já superou em 32% as mortes por Covid-19 em relação a todo ano de 2020. Ao todo foram 3.159 óbitos apenas em 2021, contra 2.383 no ano passado.
O boletim epidemiológico desta terça-feira, dia 27 ainda traz a confirmação de 1.038 casos novos, totalizando 245.238 casos confirmados desde o início da pandemia. Dos casos ativos, 9.870 estão em isolamento domiciliar, e outros 1.072 internados.
Negação da importação
Após cinco horas de debates e apresentação de relatórios, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou nesta segunda-feira (26) o pedido de autorização excepcional para a importação da vacina Sputnik V, imunizante contra a Covid-19 produzido na Rússia.
Decisão unânime foi tomada após 14 estados pedirem autorização para importação emergencial de quase 30 milhões de doses;
Três gerências técnicas da agência (medicamentos, fiscalização e monitoramento) deram pareceres contra a importação;
Anvisa apontou que NÃO recebeu relatório técnico capaz de comprovar que a vacina atende a padrões de qualidade e NÃO conseguiu localizar o relatório com autoridades de países onde a vacina é aplicada;
Anvisa diz que a maioria dos países que autorizaram a aplicação da vacina não têm tradição na análise de medicamentos; além disso, em 23 países com contrato, a vacinação não começou;
Gerência de Medicamentos apontou diversas falhas de segurança associadas ao desenvolvimento do imunizante. Na mais grave, explicou que o adenovírus usado para carregar o material genético do coronavírus não deveria se replicar, mas ele é capaz de se reproduzir e pode causar doenças;
Gerência de Inspeção e Fiscalização relatou que técnicos da Anvisa não puderam visitar todos os locais de fabricação da vacina durante inspeção na Rússia; dos sete pontos previstos, técnicos conseguiram visitar apenas três locais;
Fundo Russo tentou cancelar inspeção presencial e não autorizou acesso ao Instituto Gamaleya, que faz o controle de qualidade;
Anvisa não conseguiu identificar os fabricantes da matéria prima da vacina.
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