A estrela, que "mora" na constelação Draco, está localizada a 1.200 anos-luz da Terra e foi chamada de SDSSJ124043.01+671034.68, mas seu apelido - mais fácil de ser lembrado - ficou "Dox". O astro foi descoberto enquanto os pesquisadores estavam analisando dados capturados pelo SDSS (Sloan Digital Sky Surbey), um projeto internacional cujo objetivo é mapear o universo com o auxílio de um telescópio instalado no estado norte-americano do Novo México.
Dox é uma anã branca e o fato dela ser composta basicamente de oxigênio é surpreendente, já que a maioria das estrelas descobertas pelo Homem possui atmosferas repletas de hidrogênio e hélio. Na nova estrela, o ambiente também apresenta traços de neônio e magnésio. Por esse motivo, Kepler destaca que o corpo celeste desafia os modelos de evolução estelar existentes, que preveem essa mistura como resultado da queima nuclear de carbono.
As anãs brancas são o estágio final da evolução das estrelas que nascem com cerca de 8 a 11 massas solares, dependendo também de suas composições iniciais. Seu brilho é tênue e o porte pequeno, mas sua densidade é extremamente alta. Entre as mais de 32 mil anãs brancas já catalogadas, nenhuma apresenta o mesmo percentual de oxigênio - e Dox certamente tem os níveis mais elevados desse elemento.
Os resultados foram publicados na renomada revista Science, e agora a comunidade científica passará a levantar as mais diversas hipóteses para explicar como a atmosfera da estrela pode ter essa composição tão peculiar.
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