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Em MS, 21 profissionais da Saúde morreram e 7 mil se contaminaram com Covid-19

Em Dourados mais de 1 mil profissionais foram contaminados e cinco perderam a vida; Brasil responde por um terço do total de mortes pela covid-19 entre os profissionais da categoria

22 Fev 2021 - 16h01Por Valéria Araújo
Em MS, 21 profissionais da Saúde morreram e 7 mil se contaminaram com Covid-19 - Crédito: Divulgação Crédito: Divulgação

Em Mato Grosso do Sul 21 profissionais da Saúde perderam a vida durante a “guerra” contra a Covid-19. No total, 7.443 casos foram confirmados nesse perfil e 7.249 foram recuperados. Em Dourados mais de 1 mil profissionais foram contaminados e cinco perderam a vida, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde do MS.

A vacina é a esperança para que esses profissionais possam atuar de forma mais segura. De acordo com o Vacinômetro de MS, ao todo, 62,86% dos profissionais de saúde foram vacinados.  No total 43.884 receberam a primeira dose e 15.185 receberam a segunda dose.

Em Dourados, o primeiro profissional de Saúde a receber a vacina foi o enfermeiro Valdeci Santana, de 50 anos. Ele trabalha na Unidade Básica de Saúde da Vila índio e na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do Hospital Universitário. Casado e pai de dois filhos, o enfermeiro atua há 25 anos na saúde. Segundo ele, ser escolhido para tomar a primeira dose foi um reconhecimento a todos os profissionais que estão na linha de frente do combate à Covid-19. “Durante a pandemia estamos vendo muitos colegas sendo infectados pelo vírus e muitos deles não sobreviveram. Como servidores da saúde, nos desdobramos todos os dias para salvar a vida de outras pessoas e fazemos isso com amor. Nos paramentamos todos os dias, sem tirar a máscara e também tivemos muitos momentos de cansaço, mas a vacina nos traz esperança e sentimento de dever cumprido”, ressaltou.

Em todo o Brasil 500 mortes ocorreram entre profissionais que lutavam na linha de frente do combate à doença. Este é o total de enfermeiras, técnicos, auxiliares de enfermagem e obstetrizes que morreram em 2020 e 2021 em decorrência do novo coronavírus —trinta deles apenas em janeiro deste ano, de acordo com dados do Conselho Federal de Enfermagem.

Conforme o El Paris, o Brasil responde por um terço do total de mortes pela covid-19 entre os profissionais da categoria, um dado alarmante tendo em vista que sem eles, salvar vidas nos hospitais todos os dias se torna uma tarefa impossível. O dado global mais recente sobre letalidade da covid-19 entre profissionais da área foi divulgado em novembro pelo Conselho Internacional da categoria, e dava conta de 1.500 mortos em 44 países —a cifra já deve ter sido superada. “O fato de que o número de enfermeiros e enfermeiras mortos na pandemia seja similar aos que faleceram na I Guerra Mundial é chocante”, afirmou Howard Catton, chefe-executivo da entidade durante a divulgação do relatório de óbitos, fazendo um paralelo entre a atual crise sanitária e um dos conflitos mais violentos da história humana.

Mortes em Dourados

No dia 13 de junho de 2020 foi registrada a primeira morte de profissional da linha de frente. A auxiliar de enfermagem Malory Melo, 54, morreu em Dourados. Miguel Yoneda, 74 anos, foi o primeiro médico a morrer por causa da covid-19. O segundo foi o médico Dirceu Ferreira Guimarães, de 82 anos. O pneumologista Antônio Carlos Monteiro, 59, morreu no dia 9 de julho. O clínico geral e pediatra Feliciano Esteban Corrales Lopes foi o 4º médico a morrer, em 19 de julho.

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