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Com quase 150 pessoas infectadas no Nordeste, novo parasita acende alerta em pesquisadores

01 Out 2019 - 10h30Por Redação
Leishmania Infantum - Crédito: DivulgaçãoLeishmania Infantum - Crédito: Divulgação

Pesquisadores da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), da Universidade Federal de Sergipe e da USP de Ribeirão Preto acabam de divulgar a descoberta de um novo parasita e que já infectou pelo menos 141 pessoas no Nordeste brasileiro. Os dados foram apresentados na revista especializada Emerging Infectious Diseases.

Em matéria publicada pela Folha de São Paulo na data de ontem (30), os pesquisadores relatam que o parasita tem características parecidas com a Leishmaniose visceral, moléstia endêmica na região, mas com DNA diferente e capaz de causar lesões graves no fígado, baço e na pele das pessoas infectadas. Ao menos uma morte já foi identificada.

Ainda segundo a publicação, o objetivo dos pesquisadores é descobrir como esse parasita está contaminando as pessoas. “O que a gente sabe é que nesse grupo de protozoários, a transição em que a espécie deixa de ser um parasita que afeta apenas insetos e passa a infectar também vertebrados acontece nos casos em que o inseto se alimenta de sangue”, disse a bióloga da UFSCar, Sandra Maruyama à Folha de São Paulo.

De acordo com a explicação dela, o transmissor pode ser diferente da leishimaniose, que é causado pelo mosquito palha. Os primos mais próximos desse novo parasita pertencem ao gênero Crithidia que costumam estar presentes no organismo de anofelinos (transmissores da malária) e mosquitos do gênero Culex, como o pernilongo comum.

Outra diferença encontrada é no tipo das lesões. Enquanto a leishimaniose causa feridas localizadas, do novo parasita pode se notar em todo corpo.

Como os protozoários desse grupo, ao microscópio, são muito parecidos, para se identificar foi preciso realizar a “leitura” completa do genoma do micro-organismo e sua comparação com os dos outros.

Os pesquisadores agora pretendem entender o ciclo de vida da espécie, identificando os insetos transmissores e possíveis hospedeiros. Eles também acreditam que o número de pessoas infectadas é incalculável ainda.

 

Fonte: Folha de São Paulo

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