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Clínicas não dão conta de demanda por vacina do H1N1

01 Abr 2016 - 10h39
Clínicas não dão conta de demanda por vacina do H1N1. - Crédito: Foto: DivulgaçãoClínicas não dão conta de demanda por vacina do H1N1. - Crédito: Foto: Divulgação
Sol a pino, nenhuma cadeira ou banco para se sentar, e a gestante Tatiana Sannan já completava uma hora na fila de uma clínica de vacinas na zona sul de São Paulo. Segurando pela mão o filho Gabriel, de sete anos, e grávida de nove semanas, ela era apenas uma entre a centena de pessoas que aguardavam ser chamadas para tomar a vacina contra o vírus H1N1, que já matou oito pessoas só na capital paulista desde o início do ano.

Tanto em frente à clínica em que Tatiana esperava quanto em outros pontos de vacinação da rede particular, o quadro geral é de pânico entre a população. Na Humana, na região de Moema, também na zona sul, as 200 doses disponibilizadas nesta quinta-feira (31) acabaram em menos de uma hora. De acordo com um dos manobristas do local, antes mesmo de as portas da clínica serem abertas, uma fila já se formava na calçada.

Situação parecida acontecia na Clinivac, no Itaim — às 5h30 da manhã, duas horas e meia antes do início do expediente, pessoas já guardavam lugar na porta. Depois de passar em outras quatro clínicas e não encontrar mais doses disponíveis, Tatiana chegou ali às 11h, e pegou a senha de número 457. Ao meio-dia, ouvia as enfermeiras chamarem o paciente número 312.

— Estou aqui primeiro porque sou do grupo de risco, segundo porque, no trabalho do meu marido, está cheio de casos de H1N1. Essa semana veio um recado na agenda do meu filho avisando que houve um caso na escola, a mãe da menina está desesperada. Vou ficar aqui até conseguir, mas tem hora que a gestante se cansa, a gente sente fome, dor.

Na mesma clínica, Fabiana Righi aguardava atendimento com o filho Phelipe no colo. Quando nasceu, o menino, que hoje tem um ano e nove meses, ficou 40 dias internado por conta de uma cardiopatia e hipertensão pulmonar.

— Ontem minha prima passou cinco horas aqui na fila. Quando chegou perto da nossa vez, as vacinas acabaram e fui embora. Voltei hoje, minha amiga chegou aqui às 8h e guardou lugar para a gente. Preciso vaciná-lo porque ele teve estas complicações. Agora falta pouco, só mais sete pessoas na frente.

Localizado na região do Ibirapuera, zona sul da capital, o Instituto de Pediatria e Puericultura já não tinha mais doses da vacina às 13h desta quinta-feira (31). Uma atendente informava aos interessados que outro lote chegaria, mas que não era possível precisar o horário. A clínica, inclusive, estendeu o horário de funcionamento em uma hora, para dar conta da demanda de pacientes, que, desde a última sexta-feira (25), se aglomeram todos os dias em busca de imunização.

De dentro de um táxi, junto com dois filhos pequenos, uma mulher que preferiu não se identificar rodava a cidade atrás de clínicas onde ainda houvessem doses da vacina para as crianças. Na terceira tentativa, o taxímetro do veículo já marcava mais de R$ 50.

Presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabella Ballalai explica que a vacinação é importante, sim, mas que não deve ser motivo de pânico.

— Estamos vendo a sazonalidade começar mais cedo este ano, e é uma doença potencialmente grave, mas recomendamos o que é recomendado todos os anos. Acho que a prioridade é vacinar os grupos de risco, como grávidas, idosos e crianças, e os doentes com comorbidades, com doenças crônicas e problemas pulmonares. É importante não esquecer de que quem faz tratamento de diabetes também tem uma indicação importante para vacinar.

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