Número de casos prováveis em Dourados já é maior que total do ano passado - Crédito: Paulo H. Carvalho/Agência-BrasÃliaO boletim epidemiológico da dengue em Mato Grosso do Sul, divulgado no último dia 13 de maio, traz 1.993 novos casos prováveis da doença. Os dados são contabilizados até a semana 18, totalizando 11.620 até o momento, o que já ultrapassa todas as notificações de casos prováveis em todo o ano de 2021, quando foram registrados 10.085 casos.
O Estado se vê diante de um novo surto de dengue, com números crescentes de notificações e casos confirmados. A incidência dos casos prováveis é de 320,4. As autoridades sanitárias e de saúde estão preocupadas com a alta incidência da doença, que já causou 9 mortes em todo o estado. Em 2021 foram registrados 14 óbitos em decorrência da dengue.
Dourados não está entre os municípios do estado que registraram óbitos por dengue neste ano, mas o número de casos vem aumentando, ficando atualmente na classificação de média incidência. Em apenas uma semana saltou de 322 para 454 casos prováveis, fazendo com que a incidência saltasse de 142,8 para 201,3.
O total de casos prováveis também já ultrapassou os números do ano passado, que fechou em 106 e 2 óbitos pela doença. Até o momento, Dourados já tem 265 casos confirmados de dengue. Na região, os municípios de Itaporã Douradina já tiveram mortes por dengue registradas. As duas cidades possuem alta incidência de casos.
Ainda segundo o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde, em todo o estado apenas Dourados e Chapadão do Sul tiveram registros de identificação de dois tipos de sorotipagem do vírus da dengue circulante até o momento, os sorotipos DENV-1 + DENV-2.
A dengue em Mato Grosso do Sul tem afetado na sua maior parte mulheres, representando 52,6% dos casos. A doença atinge uma maioria de 51,6% de pessoas com idade entre 20 e 49 anos. Jovens adolescentes entre 9 e 19 anos de idade também estão nas altas das estatísticas, com 17,55% dos registros de perfil dos casos prováveis.
De acordo com a SES/MS, a dengue é uma “doença febril aguda, que pode apresentar um amplo espectro clínico: enquanto a maioria dos pacientes se recupera após evolução clínica leve e autolimitada, uma pequena parte progride para doença grave. Fatores de risco individuais determinam a gravidade da doença e incluem idade, comorbidades (doenças pré-existentes) e infecções secundárias”.
O tratamento baseia-se principalmente na hidratação adequada, levando em consideração o estadiamento da doença (grupos A, B, C e D) segundo os sinais e sintomas apresentados pelo paciente, assim como no reconhecimento precoce dos sinais de alarme.
A SES/MS alerta a população que a principal ação é “se informar, conscientizar e evitar água parada em qualquer local em que ela possa acumular, em qualquer época do ano. Além do Aedes Aegypti transmitir a Dengue hoje o mosquito tornou-se um dos maiores inimigos da saúde pública por transmitir também o vírus Zika e a Febre do Chikungunya”.
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