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O Progresso é ferramenta de ensino em aldeia de Dourados

Pedagoga de Cras trabalha interpretação de texto, promove integração e troca de experiência entre os alunos

05 Dez 2021 - 14h00
Professora Marisia de Paula Brandão durante trabalho de leitura de jornal com os estudantes - Crédito: DivulgaçãoProfessora Marisia de Paula Brandão durante trabalho de leitura de jornal com os estudantes - Crédito: Divulgação

Crianças e adolescentes da aldeia Passo Piraju, em Dourados, tem recebido edições do jornal O Progresso para trabalhar leitura em atividade extracurricular. As atividades são desenvolvidas pela pedagoga Marisia de Paula Brandão, que divide os estudantes em grupo para trabalhar o desenvolvimento da leitura. 

As atividades foram desenvolvidas de forma experimental nos meses de outubro e novembro deste ano e serão retomadas no ano que vem. “É preciso apresentar para eles textos e linguagens diferentes. E o jornal proporciona essa possibilidade de trabalhar reportagens de diferentes temas”, explica a pedagoga. Ela atua no Cras (Centro de Referência de Assistência Social) do jardim Guaicurus, responsável por atender a aldeia Passo Piraju.

Equipes do Cras vão até a aldeia, localizada na região do Porto Cambira, logo após o polo industrial da cidade. No local prestam atendimento para cerca de 35 famílias. O Projeto de leitura, no entanto, é feito com 72 crianças e adolescentes.

“Eles pouco têm acesso a internet e o jornal tem sido uma atração. Depois do trabalho que realizamos, os alunos levam o jornal para a casa e apresentam para os pais. E as crianças acabam lendo as notícias, já que nem todos [pais] são alfabetizados”, relata a pedagoga.

Trabalhar interpretação de texto, promover troca de experiência, integração e vivência são as principais propostas de Marisia de Paula Brandão com os estudantes. 

O jornal O Progresso desenvolveu por quase duas décadas o Programa Jornal e Educação, “O PROGRESSO – Ensinando a Ler o Mundo”. Jornais eram encaminhados para escolas públicas para os professores trabalharem com os alunos. 

A ação sócio educativa era parte integrante do Programa Jornal e Educação da Associação Nacional dos Jornais (ANJ). Por volta de 2017 as ações do projeto foram encerradas. Milhares de estudantes das redes estadual e municipal de ensino de Dourados participaram das ações.

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