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Curso capacita pessoas surdas para o mercado de trabalho

A iniciativa do Instituto Nacional de Educação de Surdos também orienta as empresas sobre como receber os profissionais surdos

22 Set 2021 - 16h30Por Governo do Brasil
Curso capacita pessoas surdas para o mercado de trabalho -

Inserir as pessoas surdas no mercado de trabalho requer não só a capacitação e orientação sobre o universo do trabalho, direitos e cidadania, mas também a sensibilização das empresas. Essa orientação conjunta é realizada pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), vinculado ao Ministério da Educação.

O Instituto oferece atendimento individualizado com o objetivo de preparar pessoas surdas para o mercado de trabalho e, em seguida, direcioná-las para vagas de emprego. O trabalho é feito pela Divisão de Qualificação e Encaminhamento Profissional.

Antes de ser encaminhado para uma entrevista, o surdo passa por um curso de uma semana, chamado Orientações para o Mercado de Trabalho, em que se fala de documentos, ética, direitos de cidadania e de dicas para preparar o currículo.

“O direcionamento começa com uma parceria firmada com a empresa onde explicamos a importância da língua de sinais, de ter a possibilidade de intérpretes. Falamos também da nossa disponibilidade para dar palestras, rodas de conversa para tirar dúvidas da empresa, dos gestores, com relação a essa pessoa que vai estar lá sendo inserida na empresa”, explicou Marcelo Kropf que é da Coordenação de Avaliação e Atendimento ao Educando do Ines.

Segundo ele, a falta de informação em libras é uma das principais barreiras, pois dificulta a inserção de surdos no ambiente de trabalho.

“Colocar um surdo onde ninguém tem acesso à língua brasileira de sinais, onde não tem outras pessoas surdas, dificulta muito a adaptação porque é importante ter alguém para passar informações. Imagine estar num ambiente de trabalho vendo outras pessoas se comunicando e não conseguir se comunicar com ninguém”, explicou Marcelo Kropf.

Kropf ressaltou que a inserção se dá quando todas as barreiras são vistas e recebem os devidos cuidados. “Dar oportunidade no mercado de trabalho é muito além do que dar um emprego para a pessoa, é dar todo esse suporte, toda essa mudança de pensamento, de atitude para a pessoa surda que é inserida na vaga”, afirmou Marcelo Kropf.

Como ter acesso à qualificação
Toda a comunidade surda pode ter acesso gratuitamente aos serviços de qualificação profissional do Ines. O interessado deve entrar em contato pelo e-mail [email protected] ou pela página do Facebook (https://www.facebook.com/diepro.ines).

 As orientações são fornecidas de acordo com as especificidades da pessoa.

As empresas interessadas na divulgação de vagas de trabalho podem entrar em contato pelo e-mail [email protected].

Educação bilíngue

No último mês de agosto, o Presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei nº 14.191 que dispõe sobre a modalidade de educação bilíngue de surdos. Ela altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) adicionando que deve ser respeitada a diversidade humana, linguística, cultural e identitária das pessoas surdas, surdocegas e com deficiência auditiva sinalizantes.

Ao assegurar na LDB a oferta da educação bilíngue aos estudantes surdos, desde a educação infantil e ao longo da vida, se incentiva a produção de material didático bilíngue, a formação de professores e os currículos de Língua Brasileira de Sinais (Libras) como primeira língua e de Português como segunda língua.

Setembro Azul

No dia 26 de setembro, celebramos o Dia Nacional dos Surdos, data oficializada através do decreto de lei nº 11.796, de 29 de outubro de 2008. A escolha do 26 de setembro é uma homenagem à criação da primeira Escola de Surdos do Brasil, em 1857, na cidade do Rio de Janeiro, que atualmente é o Ines (Instituto Nacional de Educação de Surdos).

O mês de celebração do Dia dos Surdos, que é também o mês em que celebramos o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência e o Dia do Atleta Paralímpico, é conhecido como Setembro Azul. A cor escolhida remete a um hábito comum da Segunda Guerra Mundial, quando os nazistas identificavam as pessoas com deficiência com uma faixa azul no braço.

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