O ex-secretário de saúde de Dourados Renato Vidigal permanece preso conforme decisão da 6ª turma do Superior Tribunal de Justiça. Com a decisão, ele perde as possibilidade de recurso de habeas corpus, frustrando a expectativa da defesa de que até o dia 19 Vidigal estaria de volta às ruas.
O médico segue preso na PED (Penitenciária Estadual de Dourados). Ele é investigado como principal agente num esquema de fraude de licitações na contratação de refeições para atender pacientes e acompanhantes do Hospital da Vida e UPA (Unidade de Pronto Atendimento).
A decisão da 6ª turma do STJ foi relatada pelo ministro Nefi Cordeiro, com apoio dos ministros Antonio Saldanha Palheiro, Laurita Vaz, Sebastião Reis Júnior e
Rogerio Schietti Cruz.
Assim, a corte reconhece que a saída de Vidigal da prisão poderia prejudicar a integralidade do processo de investigação. A prisão dele é de caráter preventivo. O ex-secretário era apontado como chefe no esquema de corrupção que resultou na contratação da marmitaria Marmiquente.
A empresa seria de propriedade do ex-secretário junto com o servidor Raphael Henrique Torraca Augusto, o “Pardal”, que também segue preso na unidade penal de Dourados. No entanto, ela estaria registrada em nome de Ronaldo Gonzales, apontado nas investigações como laranja do esquema.
A Operação Purificação deflagrada pela Polícia Federal descobriu desvio de pelo menos R$ 530 mil. Na 2ª fase, deflagrada em 6 de novembro do ano passado, Vidigal e Pardal acabaram detidos.
O PROGRESSO tentou contato com a defesa para solicitar posicionamento, mas o advogado João Arnar não pôde atender ao telefonema no momento.