Mesmo com variações climáticas, estima se que as perdas sejam mínimas - Crédito: Foto : Vilson Nascimento
Vilson NascimentoAmambai - As freqüentes chuvas que tem caído na região desde o final de fevereiro e se estende neste mês, colocam em risco a safra, mas ainda não provocaram perdas significativas nas lavouras de soja, na região Cone Sul de Mato Grosso do Sul, levando em consideração a outras regiões do Estado que já registraram perdas em grande escala, chegando a cem por cento da produção em algumas propriedades.
Em Amambai, como em outros municípios da região, as chuvas espaças, intercaladas com períodos de estiagem, tem possibilitado aos produtores realizarem a colheita, porém o problema está na logística para o armazenamento.
A ameaça de chuva tem obrigado o produtor a colher a soja com umidades variando entre 18 e 20%, mas para a estocagem o produto não pode passar dos 14% de umidade no grão.
Por conta dessas condições, para chegar ao nível de umidade regular de estocagem, ao invés de só passar pela pré-limpeza, a soja tem que ser submetida ao secador, o que acaba atrasando o armazenamento e gerando filas de caminhões em frente às unidades de estocagem aguardando para descarregar.
“Enquanto os caminhões aguardam na fila para descarregar, as colheitadeiras também param nas lavouras por falta de transporte”, lembrou o técnico agrícola Sérgio Costacurta, do escritório Agrotec, com sede em Amambai.
Segundo o técnico agrícola, mesmo com os contratempos climáticos enfrentados, os produtores estão otimistas em relação à produtividade, que deve passar das 54 sacas por hectares da safra passada (2010) e estipular um novo recorde de produção na cultura da soja em Amambai.