
A analista de mercado da Tendências Consultoria, Marcela Mello, aponta que a média nacional das cotações em 2016 vai ficar em R$ 32 por saca, com forte tendência a atingir a média de R$ 40. O condicionante principal vai ser o ritmo de exportações do grão.
“A expectativa é que os preços se mantenham sustentados, especialmente até a entrada da safrinha. Dependendo da evolução das exportações e oferta interna, há possibilidade que atinjam a média de R$40 nacional ou até um pouco mais”, destaca Marcela.
O último dado revelado na semana passada pela Secex – Secretaria de Comércio Exterior – mostrou que as quatro primeiras semanas de dezembro foram de novo recorde de exportação de milho, quando o Brasil embarcou mais de 5 milhões de toneladas. Bons ventos estão soprando a favor dos produtores do grão para o ano novo.
Contas públicas e crédito rural Enquanto isso, o crédito para financiamentos no novo ano deve sofrer um revés. A situação é uma consequência do rombo nas contas públicas divulgado hoje.
O Tesouro Nacional divulgou dados que mostram o mês de novembro com déficit primário de 21,27 bilhões de reais. É o pior resultado mensal desde 1997, quando começou a série histórica. No acumulado de 12 meses, o saldo negativo do governo central chega a 52,4 bilhões. Enquanto isso, o crédito para financiamentos no novo ano deve sofrer um revés. A situação é uma consequência do rombo nas contas públicas divulgado hoje.
O Tesouro Nacional divulgou dados que mostram o mês de novembro com déficit primário de 21,27 bilhões de reais. É o pior resultado mensal desde 1997, quando começou a série histórica. No acumulado de 12 meses, o saldo negativo do governo central chega a 52,4 bilhões. O rombo nas contas públicas deve afetar o volume de recursos destinados ao setor em 2016. A análise é do Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas.
“O volume de recursos disponíveis para crédito e política pública envolvendo o setor será menor no ano que vem. Não estou dizendo que haverá cortes, porém não pode ser surpresa para ninguém que os recursos para o ano que vem sejam menores do que tivemos esse ano”, aponta o economista e pesquisador da GV Agro, Felippe Serigati. Além do risco de crédito, o déficit nas contas públicas deve conduzir o governo a aumentar a carga tributária em 2016. “A principal fonte que provocou o imenso déficit é queda na arrecadação, que tem encolhido fortemente Humanamente seria necessário cortar gastos para equilibrar com a receita. O espaço para cortar é bastante limitado, ou seja, por mais que esteja desconfortável dificilmente haverá uma solução para esse problema que não passe por aumento de carga tributária”, destaca Serigatti.
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