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Julgamento de ovinos na 47ª Expoagro é adiado para a próxima semana

13 Mai 2011 - 22h18
Criadores vivem a expectativa de negócios com o crescimento da ovinocultura - Crédito: Foto : Hédio Fazan/PROGRESSOCriadores vivem a expectativa de negócios com o crescimento da ovinocultura - Crédito: Foto : Hédio Fazan/PROGRESSO
DOURADOS – O julgamento de ovinos, que estava marcado para iniciar hoje à tarde, por volta das 14h, com encerramento amanhã (14 e 15) foi remarcado pelos organizadores para os dias 20 e 21 de maio. Os motivos da mudança da data não foi informado pela coordenação. Ao todo serão submetidos a julgamento 78 ovinos de raças sete raças diferentes, segundo informação repassada pelo coordenador Luiz Gustavo Barbosa.

Durante a 47ª edição da Exposição Agropecuária e Industrial de Dourados serão exibidas fêmeas e machos das raças Suffolk, Dorper, Texel, Santa Inês Hampshire Down e Bergamácia. Os animais ficarão no Pavilhão de ovinos, da Casa do Criador. Confira o resumo das particularidades de cada raça presente na Expoagro 3011:

Suffolk - Originária da Inglaterra, através do cruzamentos de ovelhas cara negra e aspadas da antiga raça Norfolk, com carneiros Southdown. Foi aceita como raça a partir de 1859. É de fácil identificação, porque é a única que possui cabeça, orelhas e membros totalmente desprovidos de lã e cobertos por pêlos negros.

Adaptou-se bem ao Brasil, sendo criada nas mais diferentes regiões, em sistemas intensivos. É uma raça produtora de carne, onde os animais são bastante precoces, produzindo carcaças magras e de boa qualidade. As fêmeas têm boa habilidade materna, com boa produção leiteira, permitindo alimentar bem , mais de um cordeiro.

Texel - De origem holandesa, foi introduzida no Brasil por volta de 1972. São animais que, também, apresentam lã branca e por isso, são muito utilizadas no cruzamento industrial com matrizes laneiras ou mistas.
São animais bastante precoces, caracterizando-se pela produção de carcaças de boa qualidade, com baixo teor de gordura. Adapta-se bem em sistema de criação a pasto.

Santa Inês - A raça Santa Inês teve sua origem no Brasil. Tem em seu sangue, dentre outras, as raças Morada Nova e Bergamácia. O Santa Inês é um ovino deslanado de grande porte; as fêmeas são ótimas criadoras, com alta fertilidade e prolificidade.

A presença de sangue de uma raça leiteira tornou as ovelhas Santa Inês ótimas produtoras de leite, e, em decorrência, excelentes mães, capazes de desmamar cordeiros muito saudáveis, com bom peso. Apesar da influência do sangue de uma raça européia, a Santa Inês manteve a característica de rusticidade herdada da raça Morada Nova. São animais que suportam bem o manejo extensivo, com boa produtividade.

Dorper - Em busca de uma raça produtora de carne que atendesse as exigências de mercado, o governo e produtores da África do Sul importaram raças especializadas na produção de carne, entre elas a South Down Hampshire Down, Border Leicester, Suffolk e Dorset Horn para produzirem carcaças mais aceitáveis não somente pelo mercado interno , mas também para o externo. Assim, ovelhas de várias raças africanas, foram cruzadas com reprodutores dessas raças, em estações experimentais e em rebanhos privados. Dentre esses cruzamentos, o que obteve mais sucesso foi aquele entre a raça Dorset Horn x Bleakhead Persian.

A partir de 1946 teve início, realmente, o projeto de desenvolvimento da raça Dorper. No Brasil a raça foi aceita em 1998 após o incentivo do Dr. Mário Silveira, Secretário do Planejamento do Estado da Paraíba que via na caprino-ovinocultura uma das soluções para o semi-árido paraibano, onde foi instituído um projeto de “Introdução de Genótipos de Ovinos da Raça Dorper no Estado da Paraíba”.

A raça Dorper tem atendido uma variedade de condições de ambiente das regiões tropicais e semitropicais, pela excelente condição de adaptabilidade e vigor, aceitáveis índices de reprodução, boa habilidade materna, altas taxas de crescimento e excelentes qualidades de carcaça.

Hampshire Down - Raça originária do Sul da Inglaterra através de cruzamentos entre carneiros Wiltshire e Berkshire. Também pertence ao grupo dos “Cara Negra” e expandiu-se bastante em determinadas regiões do Brasil, tendo se adaptado bem dentro de sistemas de criações mais intensivas. Possui grande capacidade para produção de carne de excelente qualidade.

Bergamácia - Originária do Norte da Itália e proveniente remotamente de ovinos sudaneses. É um ovino de múltipla utilidade, produtor de leite, carne e lã. É rústico, pouco exigente e que prospera, no Brasil, em áreas do Sudeste e do Nordeste.

São animais grandes, com altura média de 80 centímetro e peso de 75 kg nas fêmeas e 120 kg nos machos adultos. As ovelhas são prolíficas e boas leiteiras. São pouco exigentes quanto a alimentação: pastam bem e são resistentes. A ovelha produz, em média, 250kg de leite com 6% de gordura, em um período de lactação de seis meses.

A raça é boa queijeira. A Bergamácia é uma boa raça para melhorar rebanhos de ovinos comuns, quanto a produção de leite e carne.

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