
A iniciativa do Sindicato Rural de Dourados atende a mobilização da diretoria da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso do Sul (Famasul) em prol da votação do novo Código Florestal na Câmara dos Deputados, prevista para o dia 5 de abril.
No mesmo dia, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estará mobilizada em frente ao Congresso Nacional, em conjunto com todas as Federações do Brasil e produtores rurais. “Vamos sair de Mato Grosso do Sul em comitiva para Brasília para apoiar tão importante pleito, que poderá impactar a produção agropecuária sul-mato-grossense”, argumenta Marisvaldo Zeuli. As reservas podem ser feitas pelos telefones 3424-6686 e 9971-5267 com Lidiane.
Os produtores rurais de Mato Grosso do Sul devem lotar 15 ônibus rumo a Brasília. A mobilização nacional do setor em favor do texto do deputado Aldo Rebelo (PCdoB/SP). A previsão é que 600 produtores sul-mato-grossenses participem da mobilização. Os ônibus sairão de treze municípios e chegarão na manhã de terça-feira em Brasília. Alguns produtores viajarão o dia inteiro para participar do movimento. “A manifestação é um exercício de cidadania e uma demonstração de unidade do produtor em torno de um tema que traz repercussões não somente para o setor agropecuário, mas para toda a sociedade”, enfatizou o presidente da Famasul, Eduardo Riedel.
A caravana sul-mato-grossense será composta por ônibus que sairão de Campo Grande, Ponta Porã, Dourados, Corumbá, São Gabriel do Oeste, Bonito, Três Lagoas, Amambai, Naviraí, Paranaíba, Rio Verde, Maracaju e Sidrolândia. A assessora da Famasul, Janaína Pickler, reforça aos presidentes de sindicatos e produtores dos demais municípios que se mobilizem para integrar a caravana, uma vez que os ônibus são compostos por produtores de todo o Estado.
#####CÓDIGO
- O relator da proposta de reforma do Código Florestal, o deputado Aldo Rebelo ressaltou ontem que as discussões em torno do tema não são uma briga entre ambientalistas e ruralistas. Durante audiência pública no Senado, Rebelo defendeu que a atualização do código é uma necessidade para proteção do meio ambiente e da agricultura do país. “A desinformação na sociedade e na imprensa é muito grande sobre isso e todo mundo reproduz o jargão de que é uma briga entre ambientalistas e ruralistas. Não é uma briga entre ruralistas e ambientalistas, isso é a necessidade do país de proteger o meio ambiente e a agricultura”, afirmou o deputado.
Rebelo ressaltou que durante a fase de elaboração do seu relatório percorreu todas as regiões, conversou com pequenos e grandes produtores rurais, representantes de entidades de classes e identificou a necessidade de se adequar o novo Código à realidade do país. “Hoje se lê facilmente nos jornais que nós queremos mudar o Código. Não é verdade. Ele já foi completamente alterado e o que resta do código hoje é pouco mais do que um título, um nome. Não vamos abrir mão do instituto da Reserva Legal, embora ele só exista no Brasil.
Vamos manter a reserva legal de 80% na Amazônia, teremos 35% de reserva no Cerrado Amazônico, 20% da Mata Atlântica. Vai continuar na lei a proteção dos rios de 15 até 500 metros. Continuará na nossa legislação a proteção de morros e encostas. Tudo isso continuaremos acolhendo porque não é um compromisso de governo, de Estado, mas é um compromisso civilizatório no Brasil. Por isso preservamos 70% de vegetação nativa e os europeus não têm mais nada”, argumentou.
O deputado ainda fez duras críticas às organizações não governamentais (ONGs) que atuam no Brasil e têm se posicionado contra a reforma do Código Florestal. Segundo ele, essas organizações que hoje defendem no Brasil a proteção ambiental e inviabilizam a produção agrícola e pecuária, não fizeram o mesmo nos seus países de origem. “Na Amazônia, essas ONGs sediadas na Holanda, na Bélgica, querem 80% de reserva legal enquanto nos países onde têm suas sedes não defendem nem um, nem dois, nem três por cento.
Considero isso uma indignidade, inaceitável. Considero inaceitável que certas organizações e seus executivos assalariados que têm por mês uma renda que um agricultor em Rondônia não consegue em um ano tenha a desfaçatez de chegar aqui e exigir de nós o que não apontam nos seus países”, afirmou.
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