Diogo Castilho e Elias Ishy são vereadores independentes e não fazem base ao prefeito Alan Guedes - Crédito: VALDENIR RODRIGUES/CMDOs vereadores Elias Ishy (PT) e Diogo Castilho (DEM) cobram transparência da prefeitura de Dourados na área da saúde. O setor tem enfrentado o período mais conturbado em razão do pandemia do coronavírus. Falta de médicos, de medicamentos e de insumos nos postos, na UPA, PAM e Hospital da Vida são os principais problemas.
Diogo Castilho, que é médico, cobra do Executivo mais transparência nos processos de licitações municipais, principalmente sobre a contratação de médicos e compra de insumos. Ele sugere que as licitações sejam online e filmadas, para que a população tenha acesso amplo ao que é contratado, podendo acompanhar de forma mais acessível como funcionam os processos.
Atualmente as licitações são acompanhadas somente para uma comissão formada por até quatro pessoas. “Precisamos dar mais transparência ao sistema público. Precisamos colocar em evidência as falhas e que não deixemos também de elogiar as melhorias, claro. Hoje, Dourados necessita de mudanças nos processos da saúde”, disse o parlamentar durante a sessão da Câmara.
O vereador cobrou ainda que seja esclarecido o andamento dos processos licitatórios em aberto da Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde de Dourados) para a contratação de médicos. A escassez de profissionais é um problema crônico na saúde do município, que prejudica o atendimento à população nos postos da atenção primária e também no atendimento de média e alta complexidade das unidades hospitalares.
Já o vereador Elias Ishy cobra informações sobre o funcionalismo e a transparência da Funsaud, órgão que administra a UPA e o Hospital da Vida desde 2014. Como o portal da prefeitura não traz informações como manda a lei da transparência, ele pede que a administração municipal apresente a relação nominal dos profissionais, cargos e respectivos salários que estão lotados na Fundação, além da composição do Conselho Curador, identificando qual entidade o membro representa.
Com uma dívida considerada impagável de R$ 70 milhões, a Funsaud tem sido uma “caixa preta” em Dourados desde a sua criação. A vereadora Liandra da Saúde (PTB) também ocupou a tribuna da Câmara para solicitar da prefeitura informações da Fundação, no entanto, com relação a regularidade dos pagamentos aos médicos.
Os salários deveriam ser depositados até o dia 20 de cada mês, mas dificilmente isso acontece e este mês não foi diferente. Por conta disso, a Funsaud perdeu credibilidade e médicos não querem trabalhar para a entidade. Isso tem provocado falta de médicos nas escalas de plantões da UPA e Hospital da Vida. Recentemente um paciente morreu na UPA por problemas respiratórios. Quando foi a óbito o local estava desassistido de profissional.
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