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Reforma política engessa partidos emergentes em MS

03 Mai 2011 - 22h08
Reforma política engessa partidos emergentes em MS  -
CAMPO GRANDE - Perambulando por duas comissões especiais no Congresso Nacional – Câmara dos Deputados e Senado – o ritmo lento na apreciação da proposta de reforma política está engessando o processo de evolução de alguns partidos políticos emergentes em Mato Grosso do Sul e em outros centros brasileiros.



Sem previsão de votação até o dia 30 de setembro deste ano, quando a lei, se editada, poderá vigorar nas eleições de 2012, alguns pontos polêmicos da reforma têm inibido o ingresso de lideranças políticas principalmente em partidos em fase de criação e até nos “nanicos” que buscam mais espaços em suas bases eleitorais por meio de filiações.



Em fase de reformulação em Mato Grosso do Sul, o PRP (Partido Republicano Progressista), enfrenta dificuldades para ampliar seus quadros de filiados justamente devido à lerdeza na votação da proposta de reforma política. Ou seja, ninguém com interesse em postular cargos eletivos tem certeza de que pode ingressar na legenda sem ser prejudicado lá na frente.



De olhos nas eleições, muitas dessas lideranças estão atentas a discussão de temas como o fim das coligações para cargos proporcionais, financiamento público de campanha, lista fechada de candidatos e voto distrital misto, mas concentram suas atenções principalmente na validade da fidelidade partidária e até na chamada “janela” que permite mudança de legenda.



Por causa disso, o presidente da comissão provisória regional do PRP, Dorival Betini, começa esta semana uma peregrinação pelo interior a fim de orientar lideranças políticas de que a reforma política dificilmente valerá para o próximo pleito. A intenção, segundo ele, é convencer o ingresso dessas lideranças ao partido.



Betini acredita que o processo está bastante truncado diante da discussão da proposta nas duas casas legislativas. Na tentativa de convencer os duvidosos a ingressar no PRP, o dirigente aponta como exemplo a debandada de vários políticos do País para o recém-criado PSD (Partido Social Democrático).



“Eu não acredito que a reforma política vá valer para as próximas eleições, senão o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e a senadora Kátia Abreu (TO) não iriam correr o risco de trocar o Democratas pelo PSD”, justificou o dirigente, observando que o novo partido para ter registro provisório no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) precisa de colher milhares de assinaturas e está constituído em 9 dos 26 estados do País, mais o Distrito Federal.



“Então, é um caminho longo para se conseguir o registro, o Kassab não iria correr esse risco”, acrescenta o presidente do PRP, que já tem agenda marcada para empossar as comissões provisórias municipais de seu partido em Ponta Porã, Caarapó, Nioaque, Santa Rita do Pardo, Terenos e Eldorado. “Vou aproveitar a oportunidade para orientar as lideranças de que a proposta de reforma política só valerá para as eleições de governador em 2014”, emendou Betini.



No domingo, o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, anunciou sua saída do DEM e sua filiação ao PSD de Kassab.



Com isso, o DEM ficará com apenas uma única governadora -Rosalba Ciarlini (RN).



Colombo levou para o PSD três deputados federais, sete deputados estaduais (incluindo o presidente da Assembleia) e o presidente do DEM no Estado, João Paulo Kleinübing. Cerca de 50 prefeitos do DEM devem se filiar ao PSD.

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