
Na prática, o partido já se prepara estrategicamente para o revés político que deve ocorrer a partir da renúncia ou do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Vinte e quatro horas depois de o governador Reinaldo Azambuja participar de encontro com Temer, juntamente com colegas tucanos de outros estados e lideranças nacionais, membros do PSDB de Mato Grosso do Sul começaram a se manifestar publicamente, utilizando a mesma linha de raciocínio.
O vice-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado estadual Onevan de Matos (PSDB), defendeu ontem o apoio do PSDB ao governo Temer.
"O apoio institucional do PSDB ao governo de Michel Temer tem por objetivo auxiliá-lo a tirar o país desta crise sem precedentes em que se encontra. O partido está ciente de sua responsabilidade, pois não é se omitindo que poderá contribuir com o Brasil", afirmou o tucano, em entrevista na Assembleia.
Onevan deixou claro que o apoio institucional, especialmente no Congresso Nacional, não significa a ocupação de ministérios, reiterando o conteúdo da carta "Princípios e valores para um novo Brasil" redigida pela executiva nacional e entregue na terça ao vice-presidente da República pelos governadores tucanos.
Além de Reinaldo Azambuja, participaram do encontro os governadores tucanos Geraldo Alckmin (São Paulo), Simão Jatene (Pará) , Pedro Taques (Mato Grosso), Beto Richa (Paraná) e Marconi Perillo (Goiás).
"O PSDB já apresentou ao Michel Temer as propostas que o partido entende como absolutamente necessárias para que o Brasil supere a crise", pontuou o vice-presidente da Assembleia.
Onevan ressaltou que a enorme crise que atravessa o país está refletida, por exemplo, nos índices econômicos e no desemprego. "O país está quebrado e parado e o governo completamente desacreditado. Precisamos de um novo alento para que o Brasil volte a crescer", emendou.
Impeachment
Particularmente, Onevan analisa que o afastamento de Dilma tem base legal, diante das comprovações de crimes de responsabilidade cometidos pela presidente nas chamadas "pedaladas fiscais" apontadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União).
Ele ponderou a grave crise política causada pelo atual governo, especialmente em razão das inúmeras promessas falsas de campanha que se mostraram engodos ao país, uma semana depois do término das eleições presidenciais.
"Houve um grande engodo, um estelionato eleitoral. A presidente mentiu para o Brasil e a verdade veio à tona na semana seguinte após as eleições. O Brasil inteiro quer o afastamento de Dilma Rousseff e um novo recomeço", sugeriu o tucano..
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