
A senadora Simone Tebet (MDB-MS), pré-candidata à Presidência da República nas eleições de outubro, lentamente se consolida como nome da “terceira via” — expressão enfraquecida e, agora, rebatizada por ela e aliados como “centro democrático”. Lançada postulante ao Palácio do Planalto em dezembro, a comissão executiva do MDB oficializou seu nome na semana passada. Na sequência, obteve o apoio do nanico Cidadania e, agora, aguarda a deliberação do PSDB, que segue dividido mesmo após a desistência do ex-governador João Doria.
Os tucanos deixaram para semana que vem a decisão final sobre apoiar ou não a pré-candidata à Presidência da República. O partido deu uma semana ao MDB para garantir apoio da sul-mato-grossense a três pré-candidatos tucanos nos estados de Rio Grande do Sul, Pernambuco e, inclusive, de Mato Grosso do Sul.
Em troca do apoio a Tebet, os tucanos querem que o MDB apoie os seus pré-candidatos a governador nesses dois estados. Um dos embates será fazer o ex-governador André Puccinelli desistir da pré-candidatura e apoiar o tucano Eduardo Riedel. Contudo essa não será uma tarefa fácil, até porque Puccinelli tem declarado que a sua candidatura não tem volta.
Nas redes sociais oficiais do PSDB, foi informado que os tucanos, Cidadania e MDB acordaram que o dia 8 de junho, quarta-feira, é a data limite para a definição das alianças regionais. No dia seguinte, 9 de junho, “a Executiva ampliada do PSDB se reúne para confirmar apoio à candidatura de Simone Tebet ou lançamento de candidatura própria à presidência”.
Reservadamente, lideranças tucanas têm dito que uma candidata a presidente precisa demonstrar força política em seu estado e não pode ser subserviente a aliados políticos.
Desconhecida
O Datafolha aponta que cerca de 71% do eleitorado não sabe quem é Simone Tebet, faltando menos de cinco meses para o primeiro turno. A pré-candidata, contudo, enfrenta uma série de obstáculos no xadrez político. A começar pelo próprio MDB, especialmente em parte das lideranças partidárias da região Norte e integralmente no Nordeste.
No outro canto do tabuleiro, o PSDB cobra posições de comando da própria Tebet para mensurar sua habilidade política. Nos bastidores, o grupo é liderado pelo deputado Aécio Neves (MG), derrotado na corrida presidencial de 2014. A ala avalia que a pré-candidata “entregou pouco” ao PSDB até o momento.
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