Membros do Diretório do PMDB devem decidir hoje pela aliança com Murilo Zauith
- Crédito: Foto: Hédio FazanAs principais lideranças do Diretório Municipal manifestaram descontentamento pelo fato de terem sido excluídas da reunião ocorrida na última segunda-feira, na reitoria da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems) entre o governador André Puccinelli, a prefeita Délia Razuk e os deputados federais Marçal Filho e Geraldo Resende em que o apoio a Murilo foi decidido.
O presidente do diretório municipal vereador Laudir Munaretto, afirmou que o descontentamento ficou patente na reunião realizada na noite de anteontem, sem as presenças de Délia e dos deputados. “Ninguém aceita o fato das coisas estarem sendo decididas desta forma, sem que o diretório seja ouvido”, afirmou.
Outro que demonstrou publicamente seu descontentamento foi o engenheiro civil Antonio Nogueira, vice-presidente do diretório municipal e que, assim como Laudir, havia colocado seu nome como pré-candidato a prefeito.
Nogueira, inclusive, pediu demissão do cargo de secretário municipal de Obras no dia seguinte à reunião dos deputados e da prefeira com Puccinelli.
Segundo Nogueira, os integrantes do diretório municipal sentiram-se desrespeitados e desprestigiados com a situação. “Esse tipo de atitude ajuda apenas a desconstruir o partido. Não está certo que quatro pessoas se reúnam e decidam pelo partido. Isso foi descortês, pra não dizer antiético”, afirmou.
Para a reunião de hoje o Diretório Municipal espera contar com as presenças de Marçal, Geraldo e Délia, que não estavam no encontro realizado anteontem. Eles serão cobrados pelo fato do governador ter restringido a presença de membros do diretório na reunião ocorrida na reitoria da Uems.
Um líder do PMDB local que pediu para não ter o nome revelado afirmou que não está descartada a possibilidade que dirigentes peçam afastamento do Diretório e até mesmo desfiliação pela forma como as conversações tem sido conduzidas desde que foram marcadas as eleições municipais.
Mesmo com toda a crise interna o PMDB deverá mesmo apoiar a candidatura de Murilo e participar com cargos da futura administração em caso de vitória dele nas eleições. “Não há mais tempo para se lançar uma candidatura forte e ainda correr atrás de alianças para ter chance de vitoria”, disse a liderança peemedebista.
#####PETISTAS
- Outro partido que está dividido, mas também deverá decidir em favor de uma coligação com o DEM é o PT. Os petistas realizam no próximo dia 30 um encontro municipal. Na ocasião 152 delegados irão votar duas propostas, uma de candidatura própria, tendo como candidato o vereador Elias Ishy e outra de aliança com Murilo.
O presidente do diretório municipal Tenente Pedro disse que a proposta de coligação com o DEM, inclusive indicando o candidato a vice na chapa de Murilo será colocada em votação, mesmo com orientação contrária da Comissão Executiva Nacional (CEN). “Ela não é terminativa. É apenas uma orientação. Nós vamos homologar na convenção do dia 2 de janeiro o que for decidido no encontro do dia 30”, afirmou Pedro.
Como a proposta de aliança com Murilo tem apoio da maioria das correntes internas do PT, ela deverá ser aprovada. Mesmo assim, Ishy que tem apoio dos grupos de esquerda disse que manterá sua pré-candidatura e afirmou que mantém esperanças que o partido decida pela candidatura própria.
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