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Pedro Chaves é o único senador de MS indeciso na votação do impeachment

21 Jun 2016 - 06h00
Pedro Chaves, que assumiu no lugar de Delcídio, está indeciso quanto à votação do impeachment. - Crédito: Foto: DivulgaçãoPedro Chaves, que assumiu no lugar de Delcídio, está indeciso quanto à votação do impeachment. - Crédito: Foto: Divulgação
O senador Pedro Chaves (PSC-MS), que assumiu o cargo em lugar de Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), cassado pelo Senado, se diz indeciso em relação à votação do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT).


Chaves, aliás, é o único representante de Mato Grosso do Sul na Casa que ainda não sabe se vota pelo afastamento definitivo da petista ou se vota favorável a sua permanência no cargo.


Correligionários do presidente interino, Michel Temer (PMDB-SP), os senadores Waldemir Moka e Simone Tebet, ambos do PMDB sul-mato-grossense, já se manifestaram publicamente em favor do impeachment da presidente afastada.


Simone Tebet e Waldemir Moka foram indicados pelo senador Eunício Oliveira (CE) para integrar o grupo que vai conduzir o processo.


A senadora, inclusive, tentou diminuir em 20 dias o prazo para o julgamento do processo de impeachment na comissão. A sugestão foi feita em questão de ordem e foi aceita pelo presidente do colegiado, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), que mais tarde voltou atrás diante da pressão de parlamentares.
"Os dois lados têm me procurado. Ainda estou analisando e não quero me precipitar", disse Pedro Chaves, em entrevista ao portal Globo.com.


Chaves e outros parlamentares estão sendo assediados tanto pelo grupo político de Dilma quanto pelo o liderado pelo presidente em exercício Michel Temer.


Os dois líderes políticos passaram a focar um grupo de 15 senadores para tentar assegurar os votos necessários ao desfecho favorável a um lado ou a outro na votação final do processo de impeachment, prevista para agosto. O núcleo de Dilma, segundo petistas com acesso às discussões no Alvorada, passou a abordar esses parlamentares na expectativa de que ao menos cinco votos sejam revertidos. Numa contraofensiva de Temer, vários desses parlamentares já estiveram com ele no Planalto.


Integrantes do grupo cujos votos são disputados pelos dois lados disseram "sim" à admissibilidade do impeachment ou se ausentaram da sessão que resultou no afastamento de Dilma. A petista teve só 22 votos a seu favor e, no julgamento decisivo, precisará de ao menos 28 votos ou ausências. O afastamento temporário de Dilma contou com 55 votos, um a mais do que os 54 necessários para retirá-la definitivamente do cargo.


Sem caneta para sinalizar com cargos e vantagens, os petistas oferecem a realização de plebiscito por novas eleições como alternativa à crise. Já o governo interino vem anotando dezenas de pedidos de cargos. O senador Hélio José (PMDB-DF), conhecido em Brasília como Hélio Gambiarra, pediu a Temer 34 cargos, entre eles as presidências do BB DTVM, dos Correios, do FNDE e de Itaipu. O senador também quer ser o líder do governo no Congresso e relatar as medidas provisórias sobre infraestrutura. No Planalto, os pleitos de Gambiarra causaram irritação.


"Se Hélio ficar contra o impeachment, ele morre no dia seguinte no PMDB", disse um dirigente partidário, conforme a reportagem de o Globo.


Estiveram com Temer nas últimas semanas os senadores Romário (PSB-RJ), Cristovam Buarque (PPS-DF), Eduardo Amorim (PSDC-SE), Benedito de Lira (PP-AL), Acir Gurgacz (PDT-RO) e Jader Barbalho (PMDB-PA). Cristovam também já esteve com Dilma e passou a ser fortemente cobrado por movimentos de esquerda por ter votado a favor do afastamento da petista.


O grupo dos 15 tem ainda Fernando Collor (PTC-AL), Omar Aziz (PSD-AM), Pedro Chaves (PSC-MS), Roberto Rocha (PSB-MA), Vicentinho Alves (PR-TO), Wellington Fagundes (PR-MT), Wilder Moraes (PP-GO) e Marcelo Crivella (PRB-RJ) — que se licenciará para disputar a prefeitura do Rio, mas controla o voto do suplente, Eduardo Lopes (PRB).


Com o avanço do processo, algumas posições ficaram mais claras. Os petistas já desistiram de Romário, que deve votar pelo impeachment. Eduardo Amorim, Vicentinho e Wilder Moraes passaram a declarar voto pró-deposição.


Amorim afirmou que não vê motivos para rever sua posição: "Uma pessoa falou comigo (do grupo de Dilma), mas nada capaz de mudar o meu voto.


Senadores confirmam abordagens dos dois lados. Pelo PMDB, quem comanda as negociações são o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo). Dilma tem quatro senadores: Roberto Requião (PMDB-PR), Kátia Abreu (PMDB-TO), Jorge Viana (PT-AC) e Paulo Rocha (PT-PA)".

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