
Em um parágrafo, a Veja publicou o seguinte conteúdo: “Eleandro Passaia decidiu implodir a quadrilha depois de ser abordado pela Polícia Federal. Para não ser preso e evitar responder a um processo criminal, ele fez um acordo de delação premiada com o Ministério Público Estadual. Por quatro meses, não só coletou provas da corrupção na sua cidade e no estado como filmou os envolvidos no esquema com uma microcâmera fornecida pela Polícia Federal”. Em outro trecho, a revista afirma: “Uma vez fora do esquema, o delator Passaia arranjou outra forma de ganhar dinheiro: escreveu um livro relatando as podridões do seu bando, cujo título é A Máfia de Paletó”.
O jornalista Eleandro Passaia afirmou que a revista errou em todas suas acusações. “Tanto o delegado chefe da Delegacia de Polícia Federal de Dourados, Bráulio Cézar Galloni, quanto o promotor Paulo Zeni, do Ministério Público Estadual, já afirmaram publicamente que eu nunca fui investigado por qualquer crime e confirmaram que eu procurei a Polícia Federal, de livre e espontânea vontade, para denunciar a corrupção instalada na Prefeitura de Dourados”, afirmou Passaia.
O pivô da Operação Uragano afirmou ainda que em recente entrevista o delegado Galloni salientou que a presença dele no processo é de suma importância, porque além das provas colhidas, o depoimento dele confirmaria as gravações, que precisam ser ratificadas. “Ora, se o delegado que conduziu o caso e o promotor que denunciou todos os envolvidos afirmam que não cometi crime algum, com que autoridade a reportagem da Veja pode desmentir isto?”, questiona Passaia.
Ainda ontem, ele enviou e-mail à chefia de redação da revista Veja onde rebate as informações contidas na página 85, edição 2.148. É o seguinte o teor do e-mail enviado à revista: “Sou o ex-secretário de Governo de Dourados-MS, responsável pelas denúncias da Operação Uragado da Polícia Federal. O departamento de jornalismo da referida revista mentiu ao meu respeito neste último domingo, na matéria com o título O Triângulo da Corrupção e o subtítulo A Máfia de Paletó (falando dos esquemas de corrupção envolvendo os dois últimos governadores).
O responsável pela matéria não teve o bom senso nem de checar as informações. Não fui descoberto pela Polícia Federal conforme relata a matéria. Pelo contrário, procurei a PF espontaneamente e colaborei sem ter praticado crime algum. Em relação ao meu livro, vendi apenas 1000 exemplares e após isso disponibilizei o arquivo em pdf gratuitamente pela internet. A revista Veja me chamou de quadrileiro, amigo da onça e bandido, sem qualquer pudor. Será processada, perceberá facilmente que não sou um homem de acordos”.
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