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MPMS denuncia 24 pessoas investigadas na Coffe Break

01 Jun 2016 - 06h00
Procurador-Geral de Justiça Paulo Passos, ao centro, durante entrevista coletiva à imprensa ontem em Campo Grande, anuncia a denúncia contra 24 pessoas. - Crédito: Foto: Elvio LopesProcurador-Geral de Justiça Paulo Passos, ao centro, durante entrevista coletiva à imprensa ontem em Campo Grande, anuncia a denúncia contra 24 pessoas. - Crédito: Foto: Elvio Lopes
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), com base nas investigações realizadas pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), encaminhou na tarde de ontem denúncia de 24 pessoas investigadas na Operação Coffee Break, desencadeada no ano passado para investigar possíveis atos criminosos na cassação do mandato do prefeito de Campo Grande, Alcides de Jesus Peralta Bernal (PP).


Os principais denunciados, segundo entrevista coletiva concedida no final da tarde de ontem pelo procurador-geral de Justiça do Estado, Paulo Cezar Passos, são o vice-prefeito afastado da Capital, Gilmar Antunes Olarte (Pros); o ex-governador André Puccinelli (PMDB); o ex-prefeito Nelson Trad Filho (PTB); os empresários João Alberto Krampe Amorim dos Santos e João Roberto Baird, Luís Pedro Gomes Guimarães, Raimundo Nonato de Carvalho, Fabio Portela Machinsky e Carlos Eduardo Belineti Naegele e o assessor jurídico da Câmara, André Luiz Scaff.


Entre os vereadores da Capital, foram denunciados por corrupção Mario César Oliveira da Fonseca (PMDB), ex-presidente da Câmara da Capital, José Airton Saraiva (DEM) e Flávio César Mendes de Oliveira (PSDB), por corrupção ativa e associação criminosa; Edil Afonso Albuquerque (PTB), Carlos Augusto Borges (PSB), Edson Kiyoshi Shimabukuro (PTB), Eduardo Pereira Romero (Rede), Gilmar Nery de Souza (PRB), Jamal Mohamed Salem (PR), João Batista da Rocha (PSDB) e atual presidente do Legislativo; Otavio Augusto Trad Martins (PTB), Paulo Siufi Neto (PMDB) e Waldecy Batista Nunes (PTB), todos por corrupção passiva.


Por associação criminosa e corrupção ativa, foram denunciados Gilmar Olarte, João Amorim, João Baird e Fábio Machinsky e, somente por associação criminosa, André Puccinelli, Nelson Trad Filho, Luiz Pedro, Raimundo Nonato, André Scaff e Carlos Naegele.


A Operação Coffee Break foi coordenada pelo promotor de Justiça Marcos Alex Vera de Oliveira e contou, em várias de suas fases, com decisões do desembargador Luís Cláudio Bonassini da Siilva, que deve avaliar o conteúdo da denúncia formulada pelo MPMS e tomar uma decisão daqueles que poderão ser condenados, ou não.


Segundo Passos, todos os denunciados terão prazo legal para apresentarem suas defesas e destacou que o MP se coloca mais uma vez aberto à sociedade e que atua bom base legal de coleta de provas. Ele salientou que a Operação Coffee Break é resultado de um trabalho sério, realizado com serenidade, para atender aos apelos da sociedade.


O procurador-geral lembrou que a operação foi criada para investigar supostos atos criminosos perpetrados para a cassação de Bernal, que estavam permeados por corrupção e que as investigações demonstraram a existência de conluios políticos e também com o envolvimento de empresários que pretendiam reaver as benesses que tinham em administrações anteriores da Capital.


Passos fez questão de destacar que a Operação Coffee Break foi desenvolvida com investigações calcadas nas provas, com material probatório que resultou no oferecimento da denúncia ontem, ao Tribunal de Justiça do Estado, contra 24 pessoas que figuram como denunciados por associação criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva. "O trabalho do Ministério Público é realizado para que qualquer denúncia de desvio seja apurado e seus responsáveis punidos,


Sobre investigados com foro privilegiado, Passos explicou que foram abertas outras investigações, autorizadas pelos órgãos de Justiça competentes e concluiu que as investigações continuam para a coleta de provas contra outros investigados que não foram denunciados no documento apresentado ontem ao TJMS.

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