Mesmo estando de férias, o juiz Sérgio Moro confrontou a decisão do desembargador Rogério Favreto, no pedido de urgência para a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Moro disse que "com todo respeito, o Desembargador Federal plantonista é a autoridade absolutamente incompetente para sobrepor-se à decisão do Colegiado da 8ª Turma do Tribulal Regional Federal da 4ª Região e ainda do Plenário do Supremo tribunal Federal", escreveu Moro.
Horas depois, o também desembargador João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato em segunda instância, revogou o habeas corpus e manteve a prisão de Lula.
Logo após a revogação de Gebran Neto, Favreto do TRF-4 tornou a soltar um novo despacho reafirmando sua decisão. O desembargador argumenta que a concessão da liminar de liberdade a Lula não afronta decisões anteriores de cortes superiores.
Lula está preso desde abril na sede da Polícia Federal, em Curitiba, cumprindo pena de 12 anos e 1 mês por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele lidera as pesquisas de intenção de votos para a Presidência da República.