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Marina Silva nega 'caixa dois' em campanha

14 Jun 2016 - 16h00
Marina Silva. - Crédito: Foto: DivulgaçãoMarina Silva. - Crédito: Foto: Divulgação
A ex-senadora Marina Silva (Rede), que foi candidata a presidente da República em 2010 e em 2014, negou que tenha recebido recursos da construtora OAS por meio de "caixa dois" na primeira campanha presidencial dela. Na visita ao Espírito Santo, Marina falou com a imprensa após ter a campanha dela apontada como receptora dos recursos ilegais.

Segundo informações do jornal O Globo, o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, em negociação de delação premiada, teria se comprometido com os procuradores a falar sobre o suposto repasse de recursos por meio de "caixa dois" para a campanha presidencial de Marina em 2010.

A ex-senadora disse na tarde desta segunda-feira (13) que nunca recebeu recursos ilegais em sua campanha e acrescentou que não se encontrou com Léo Pinheiro. Marina alegou que o diretório estadual do Partido Verde (PV) no Rio de Janeiro, partido pelo qual ela foi candidata a presidente em 2010, recebeu recursos da OAS declarados à Justiça Eleitoral, segundo os dirigentes da sigla.

"Não tenho R$ 1 sequer de dinheiro ilegal na minha campanha e nem finalidade ilegal. Não me reuni com o senhor Léo Pinheiro. O PV teve uma doação. Segundo os dirigentes do partido, todo o processo está declarado", justificou.

Ainda de acordo com o jornal O Globo, o ex-deputado federal do PV pelo Rio de Janeiro Alfredo Sirkis, um dos coordenadores da campanha de Marina Silva em 2010, negou ter havido caixa 2 para a candidata na disputa daquele ano. Ele confirmou, ter se reunido com o então presidente da OAS, Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, e o candidato a vice-presidente de Marina, Guilherme Leal, para pedir uma colaboração para a campanha.

Em nota, Leal afirmou que esteve com Léo Pinheiro em seu escritório em maio de 2010. Houve, segundo ele, "a sinalização do interesse da OAS em apoiar financeiramente a campanha". "Disse-lhe expressamente que eventual contribuição seria bem-vinda, sem qualquer contrapartida ou compromisso, nos estritos termos da lei, isto é, com o devido registro no Tribunal Superior Eleitoral", afirma a nota. Leal nega ter solicitado doações ilegais. "Repudio com veemência este tipo de ataque a minha honra." (leia a íntegra abaixo)

Confiança na Lava Jato

Além de se declarar inocente das acusações, Marina Silva disse que confia nos trabalhos de investigação e que não vai buscar desqualificar a Operação Lava Jato. "Eu confio no trabalho da Lava Jato. Não contem comigo para participar do coro de desqualificar o trabalho do Ministério Público, da Polícia Federal e do juiz Sérgio Moro", disse a ex-senadora.

Marina Silva voltou a se posicionar a favor da cassação da chapa da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) e do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, depois disso, da realização de novas eleições. Perguntada se seria candidata caso isso acontecesse, ela disse que ainda não sabe.
Marina Silva segue a agenda partidária no Espírito Santo nesta terça-feira (14).

Leia a nota de Guilherme Leal, na íntegra:

"_Solicitado a me manifestar sobre a suposta alegação do Sr. Leo Pinheiro, ex-presidente da OAS, tenho a esclarecer que:

_Recebi o Sr. Léo Pinheiro em meu escritório, uma única vez, no dia 31 de maio de 2010. Ele estava acompanhado e me foi apresentado pelo Sr. Alfredo Sirkis, então dirigente do Partido Verde e responsável pela pré-campanha presidencial. Também estava na reunião o Sr. Leandro Machado, então meu assessor. Discutimos as propostas de economia e sustentabilidade da campanha.

_Houve, da parte do Sr. Léo Pinheiro, a sinalização do interesse da OAS em apoiar financeiramente a campanha. Disse-lhe expressamente que eventual contribuição seria bem-vinda, sem qualquer contrapartida ou compromisso, nos estritos termos da lei, isto é, com o devido registro no Tribunal Superior Eleitoral.

_Nunca mais falei com esse senhor. A empresa OAS não fez nenhuma doação para o comitê financeiro da campanha presidencial, que se iniciou em julho de 2010. É público que a empresa doou para o Comitê Financeiro Único do PV no estado do Rio de Janeiro, como registrado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

_Refuto as supostas alegações de que eu teria solicitado ao Sr. Léo Pinheiro doação ilegal através do chamado "caixa-dois". Isso é mentira. Repudio com veemência este tipo de ataque a minha honra."

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