A implantação da Rota Bioceânica irá encurtar a distância para o Oceano Pacífico, colocando o Mato Grosso do Sul mais próximo dos mercados asiáticos, tornando os produtos sul-mato-grossenses mais competitivos.
Mas os benefícios do novo corredor vão além da logística. Por isso, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul oportunizou discussões em torno dos diferentes tipos de negócios que podem ser viabilizados por toda sua extensão.
O ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto Franco França, esteve na Capital e participou das discussões do 1° Fórum de Integração dos Municípios do Corredor Bioceânico. Segundo ele o novo corredor tem diversas consequências positivas.
Para o governador Reinaldo Azambuja além da infraestrutura física é preciso atualizar normas e regras. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Paulo Correa destacou o papel do legislativo na construção desse corredor.
Entre os temas em discussão no Fórum estão a logística do corredor bioceânico, transporte ferroviário, integração entre os países, exportações, potencial do comércio, oportunidades de negócios, mineração, turismo, cultura e portos do Chile, Argentina e Brasil.
Importância
A importância de Mato Grosso do Sul para o sucesso da integração da Rota Bioceânica ficou clara na manhã de debates do 1º Fórum Integração dos Municípios do Corredor Bioceânico, realizado a partir desta quinta-feira (26), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS).
O presidente da ALEMS, Paulo Corrêa (PSDB), o governador Reinaldo e o senador Nelsinho Trad (PSD), quem está fazendo a interlocução junto ao Governo Federal, foram unânimes em destacar a relevância do estado na integração de Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, os quais estão unidos para a realização de obras e acordos comerciais para facilitar importações e exportações da América do Sul com os países asiáticos.
Junto a eles, o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, disse que o Mato Grosso do Sul é um estado estratégico para a integração e implementação do corredor. “Ano passado o Brasil exportou mais para a Ásia do que à Europa. A saída pelo Pacífico é natural ao comércio exterior do Brasil e para isso precisamos tanto fazer as obras físicas, como harmonizar os tratados que nós já temos no Mercosul e outros instrumentos muito modernos, como o acordo de livre comércio entre Brasil e Chile. Para tanto, precisamos de normas que permitam livre trânsito dos caminhões das mercadorias que vão ser escoadas. O mundo de hoje exige competitividade e isso exige uma logística muito completa e o Mato Grosso do Sul está vocacionado para isso”, ressaltou.
Segundo a Frente, 23 municípios de Mato Grosso do Sul (perto de 30% do total) deverão ser beneficiados pela Rota Bioceânica. Diretamente, o corredor rodoviário incluirá oito municípios (Porto Murtinho, Jardim, Caracol, Bela Vista, Guia Lopes da Laguna, Nioaque, Sidrolândia e Campo Grande) e interferirá nas atividades de outros 15 (Nova Alvorada, Terenos, Jaraguari, Bandeirantes, Ribas do Rio Pardo, Aquidauana, Anastácio, Dois irmãos do Buriti, Bonito, Ponta Porã, Dourados, Rio Brilhante, Maracaju, Itaporã e Antônio João).