Crédito: Filipe PradoO prefeito Alan Guedes (PP) elencou as áreas da saúde e educação, além da limpeza pública como as que mais vão demandar prioridade neste início de mandato. Os problemas são muitos e os primeiros 100 dias de governo deverão ser feitos de intenso trabalho para “arrumar a casa”, tanto para tomar ciência da realidade de cada secretaria municipal, bem como das principais ações a serem desenvolvidas.
A posse do prefeito Alan e do vice Guto, no dia primeiro, na Câmara Municipal, foi marcada por discursos de “esperança”, embora a cidade esteja em estado de abandono há muito tempo. Como o município carece de serviços básicos, a exemplo de limpeza (roçada de matagal) e de iluminação pública (troca de lâmpadas), este não é o momento de se pensar em grandes feitos, anunciou o prefeito.
Ciente dos desafios, já que como vereador e presidente da Câmara que foi nos últimos dois anos recebia reivindicações da sociedade organizada, Alan Guedes já tem em mente as principais ações do ano. De imediato, conforme ele, será preciso resolver impasses referente ao ano letivo de 2020, de forma a preparar a Secretaria de Educação para discutir o processo de matrícula para 2021. O primeiro ano de aulas remotas mostrou um verdadeiro desajuste no processo de realização das atividades de sala de aula virtual, já que o sistema foi novidade para todos (pais, alunos, professores). Isso fez com que muitos alunos deixassem de cumprir as tarefas, dificultando o processo de aprendizado e de avaliação.
A saúde, área com o maior problema, deverá ser o principal desafio do prefeito. Com os números crescentes de coronavírus, Alan Guedes estuda possibilidades de ampliar o número de leitos de UTI covid. No final de dezembro a prefeitura reativou 10 novos leitos no Hospital da Vida, contudo não foram suficientes. A lotação beira 100% e a fila só tem diminuído quando há óbitos de pacientes. Outro grande impasse será o de resolver a pendenga da Fundação Municipal de Serviços da Saúde (Funsaud). Responsável por administrar a UPA e Hospital da vida, a autarquia subordinada a prefeitura acumula dívidas de R$ 33 milhões. O valor aumenta a cada ano desde a sua criação, em 2014. As pendências são com fornecedores de insumos para manter as atividades de saúde, bem como com prestadores de serviços contratados (médicos, enfermagem, higienização, farmácia, entre outros).
A busca por aumento de repasses para financiar a saúde tem sido a principal discussão para resolver o problema das dívidas, contudo o assunto só ficou no discurso até a permanência do último secretário de saúde, bem como da ex-prefeita Délia Razuk. Caberá a Alan fazer o meio de campo para conseguir mais verba junto aos governos estadual e federal, já que a alta complexidade da saúde é gerida de forma tripartite (Prefeitura, Estado e União).
Na posse, Guedes disse “sou filho da democracia e a soberania de votos nos conduziu até aqui [prefeitura]. Tenho amor pela minha cidade e a partir de hoje os problemas da cidade serão nosso”. O discurso municipalista de defesa de Dourados certamente fará ele e a equipe de secretariado a buscar alternativas para amenizar a série de problemáticas do segundo maior município do Estado.
Já a limpeza pública, que tem a secretaria de Serviços Urbanos como responsável, Alan Guedes disse que fará um contrato emergencial para amenizar os principais problemas, principalmente sobre o matagal que toma conta da cidade. Os temporais de outubro deixaram rastro de destruição de árvores e até hoje há galhos em canteiros centrais.
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