Délia Razuk admitiu ontem a possibilidade de disputar a Prefeitura de Dourados
Foto: Arquivo
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A prefeita interina Délia Razuk (PMDB) admitiu ontem a possibilidade de disputar as eleições para a Prefeitura de Dourados, dentro da tramitação normal do processo sucessório, após se conhecer o resultado dos encaminhamentos dos pedidos de cassação dos mandatos dos atuais prefeito e vice-prefeito da cidade, Ari Artuzi e Carlinhos Cantor. A reportagem apurou que uma eventual candidatura de Délia Razuk teria aval do governador André Puccinelli, que é do mesmo partido da vereadora. Entrevistada do programa “Bom Dia MS”, da TV Morena, a prefeita disse que não irá fugir desse novo desafio caso venha a ser convocada pelo partido dela. “Sou vereadora até 2012 e tenho responsabilidade com o Município. Um dos motivos, aliás, que me levaram a encarar o desafio de ser prefeita foi o chamamento popular que ouvia diariamente, na Câmara, para não fugir da responsabilidade”, lembrou ela.
Délia Razuk falou ainda sobre a situação encontrada ao assumir a Prefeitura no dia 8 de outubro. “Existem problemas muito sérios, como obras lançadas e iniciadas, e que foram paralisadas; outras entregues e sem condições de funcionamento porque faltam equipamentos e até a legalização de documentos, sem falar do desvio de finalidade na aplicação de verbas orçamentárias e o inchaço da máquina administrativa”.
A vereadora Délia foi a campeã de votos nas eleições de 2008, quando disputou uma vaga pelo PMDB e obteve 3.426 votos (3,16% dos votos válidos). Encabeçando a oposição ao prefeito eleito na época, Ari Artuzi, hoje afastado do cargo e cumprindo pena em regime fechado no presídio federal de Campo Grande, ela foi a única dentre os 12 vereadores de Dourados que não teve o nome envolvido nas denúncias de corrupção que resultaram na prisão de vários políticos, empresários e servidores públicos, durante a operação “Uragano” da Polícia Federal.
Ainda em setembro Délia Razuk foi conduzida à presidência do Legislativo, a partir da renúncia do vereador Sidlei Alves do cargo, depois de também ter sido preso e permanecer recolhido até agora na penitenciária Harry Amorim Costa, em Dourados. E, em outubro, a vereadora foi designada, através de portaria do Tribunal de Justiça, para exercer o cargo de prefeita interina, com a finalidade de retomar a normalidade da linha sucessória no comando do município.