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Carlos Alberto Decotelli é o novo ministro da Educação e já tem grandes desafios pela frente

O retorno às aulas presenciais e a realização do Enem são alguns dos desafios que Carlos Alberto Decotelli terá que enfrentar

26 Jun 2020 - 15h47Por Da Redação
Carlos Alberto Decotelli - Crédito: divulgaçãoCarlos Alberto Decotelli - Crédito: divulgação

O presidente Jair Bolsonaro anunciou na quinta-feira (25) Carlos Alberto Decotelli como novo ministro da Educação. Ele assume a vaga de Abraham Weintraub, que saiu do cargo há uma semana. 

Oficial da reserva da Marinha, ele é o terceiro ministro da Educação do atual governo, Decotelli é visto com um perfil diferente dos antecessores: Weintraub, que estava no cargo desde abril de 2019, e Ricardo Vélez, que ocupou a cadeira entre janeiro e abril de 2019.

Após o presidente e sua equipe protagonizarem ameaças de ruptura institucional — Weintraub chegou a defender a prisão de ministros do Supremo e chamá-los de “vagabundos” —, os movimentos agora são moderados, com uma tentativa de reaproximação do Judiciário e do Legislativo para diminuir a crise política que paira sobre o atual governo.

Em entrevista à CNN Brasil, no início da noite de quinta (25), Decotelli afirmou que “foi pego de surpresa” pelo convite. “O que ele [Bolsonaro] pontuou foi, primeiro: fazer uma gestão voltada para a educação da sociedade brasileira, conforme o marco regulatório da educação. Em segundo lugar, fazer o melhor diálogo com as entidades representativas da educação — as universidades federais, os centros técnicos. Melhor diálogo também com entidades de classe. Todos aqueles que querem fazer o melhor pela educação brasileira”, afirmou.


Presidente Bolsonaro e o novo Ministro da Educação Carlos Alberto Decotelli

Trajetória de Decotelli

Decotelli é bacharel em ciências econômicas pela Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), mestre em Administração pela FGV (Fundação Getulio Vargas), doutor em Administração Financeira pela Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, e pós-doutor em aplicabilidade de modelos quantitativos pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha.

Reconhecido pela interlocução com o mercado financeiro, ele foi criador do curso de gestão financeira corporativa no New York Institute of Finance. É coautor de livros com assuntos variados, como Matemática Financeira Aplicada (2009) e Gestão de Riscos no Agronegócio (2013), ambos publicados pela editora da FGV.

O novo ministro fez parte da transição de governo na gestão Bolsonaro junto à equipe do Ministério da Educação, no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília.

Oficial da reserva da Marinha, Decotelli atuou como professor e coordenador da Escola de Guerra Naval, no Centro de Jogos de Guerra, na equipe do Almirante Almir Garnier.

O novo ministro da Educação também acumula participação na criação de alguns cursos no Ibmec, juntamente com Paulo Guedes, atual ministro da Economia. Guedes, inclusive, avalizou a chegada de Decotelli ao ministério.

Os principais desafios do novo ministro

O novo ministro tem alguns desafios importantes pela frente. A primeira delas é conduzir o país para a retomada das aulas presenciais após a pandemia causada pelo novo coronavírus. 

Há também o debate sobre a data de realização do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). No sábado (20), o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), órgão vinculado ao MEC e responsável pela prova, abriu consulta pública para escolher novas datas para a realização da prova, que seria em novembro mas foi adiada por causa da pandemia.

Weintraub era contra o adiamento da prova, mas acabou cedendo por pressão de especialistas do setor e dos próprios estudantes, especialmente aqueles que não possuem acesso regular à internet e que, portanto, estão sendo prejudicados com a ausência de aulas presenciais.

De acordo com o Inep, os estudantes poderão escolher entre três opções: 6 e 13 de dezembro de 2020 (versão impressa) e 10 e 17 de janeiro de 2021 (versão digital); 10 e 17 de janeiro de 2021 (versão impressa) e 24 e 31 de janeiro de 2021 (versão digital) ou 2 e 9 de maio de 2021 (versão impressa) e 16 e 23 de maio de 2021 (versão digital).

Decotelli também precisará encontrar uma solução para o Fundeb, principal mecanismo de financiamento da educação básica no país. Criado em 2006, o órgão tem prazo de validade: 31 de dezembro de 2020. 

 

 

 

 

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