A investigação foi iniciada depois que o vereador apresentou as contas de campanha para a Justiça Eleitoral. Pelo menos em três declarações ele alega que gastou a quantia de R$ 15 mil para a campanha como deputado estadual, no ano passado. O fato que chamou a atenção das autoridades é que ele declara que o valor é proveniente de doações feitas por Eleandro Passaia, ex-secretário de governo e pivô das denúncias que resultaram na Operação Uragano da Polícia Federal.
Na declaração consta o nome de Passaia, mas sem assinatura do susposto doador. Na primeira prestação de contas, Bonatto alega que recebeu R$ 6.850,00 de doação de Passaia. O dinheiro teria sido aplicado na compra de 30 mil cartas, 50 mil cartões e 100 mil santinhos.
No segundo documento consta uma suposta doação que teria sido feita por Passaia na quantia de R$ 3.150,00. O dinheiro teria sido aplicado no pagamento de trabalhos de panfletagem e lançamento de campanha.
No terceiro documento, também com a informação de doação por Eleandro Passaia, consta um valor de R$ 5 mil. O valor teria sido aplicado na compra de gasolina.
Mesmo depois de ter sido preso, Aurélio Bonatto continuou com a campanha para deputado estadual. Apesar de não ter sido eleito, ele teve pouco mais de 1,5 mil votos. Hoje ele está afastado pela Justiça e responde o processo em liberdade. A justiça determinou ainda que ele e os demais vereadores que foram presos continuem recebendo salário normalmente neste período de 180 dias.