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Alvo de operação contra o jogo do bicho, deputado Neno Razuk diz ser inocente

05 Dez 2023 - 13h30Por Flávio Verão
Neno foi um dos alvo da operação nesta terça-feira - Neno foi um dos alvo da operação nesta terça-feira -

O deputado estadual Neno Razuk (PL), um dos alvo do Gaeco nesta terça-feira (5), compareceu à sessão na Assembleia Legislativa e alegou inocência. A Operação Successione cumpre de 10 mandados de prisão temporária e de 13 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande e Ponta Porã.

Antes de iniciar a sessão, o deputado conversou com a imprensa e confirmou o mandado de busca e apreensão na casa, onde foram apreendidos dois celulares, um tablet e uma pistola. Sobre a arma, Neno disse que tem a documentação, por isso não houve prisão em flagrante.

O trabalho investigativo do GAECO, que contou com a colaboração do GARRAS, revelou a atuação de uma organização supostamente criminosa responsável por diversos roubos praticados mediante o emprego de arma de fogo e em concurso de agentes, em plena luz do dia e na presença de outras pessoas, em Campo Grande, no contexto de disputa pelo monopólio do jogo do bicho local.

“Tenho certeza que não tenho nenhum envolvimento com essa atividade. Acordei com essa surpresa”, disse Neno Razuk. “Tenho certeza que quando essa investigação acabar, vai ser mostrado que não tenho nenhum envolvimento”, afirmou.

Sobre possível envolvimento com os jogos de azar, Neno disse que não tem qualquer ligação. “Querem jogar isso nas minhas costas”, afirmou. Quatro assessores do parlamentar teriam sido presos durante a operação.

Operação Sucessione

As investigações do Gaeco constataram que a suposta organização criminosa tem grave penetração nos órgãos de segurança pública e conta com policiais para o desempenho de suas atividades, revelando-se, portanto, dotada de especial periculosidade.

As diligências contaram com apoio operacional de equipes do GARRAS – Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros e do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul.

O nome da operação faz alusão à disputa pela sucessão do controle do “jogo do bicho” em Campo Grande, com a chegada de outros grupos criminosos que migraram para a capital após a “Operação Omertà”.

Roubo de malotes

Três boletins de ocorrência foram registrados por roubo de malotes, e duas das três vítimas teriam reconhecido o sargento da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) como autor dos assaltos. Ele é assessor do deputado.

Nas três ocasiões, segundo os registros, o sargento teria usado uma pistola, ameaçado e intimidado os apontadores, na tentativa de fazê-los mudar de lado. Citando o nome do suposto interessado em assumir o jogo do bicho em Campo Grande, o policial da reserva sempre deixada um ‘recado’ ameaçador.
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