Delegado Mateus Zampieri falou do trabalho que durou três meses e teve 18 pessoas indiciadas e 11 presas. - Crédito: Foto: Luiz RadaiSegundo o delegado Mateus Zampieri, titular do SIG, a designação do Serviço para investigar os crimes que assustavam a população na cidade vizinha a Dourados aconteceu em setembro deste ano por determinação do delegado regional Lupersio Degerone. Em 1° de dezembro os inquéritos foram relatados e encaminhados à Justiça.
Segundo Zampieri, as investigações concluíram que um grupo de familiares originários da região de Coronel Sapucaia se instalou em Caarapó e, para mostrar força, agia cometendo crimes de ameaças graves e homicídios. “Um destes crimes foi registrado em dezembro do ano passado e o corpo encontrado em janeiro deste ano sem a cabeça, que só foi achada meses depois. Eles agiam com esta brutalidade para intimidar”, explica o delegado.
Além deste crime bárbaro, outro homicídio ocorreu em janeiro e uma chacina foi registrada em março, quando quatro pessoas morreram. “Foram seis mortes atribuídas a este grupo. Eles sempre agiam com extrema violência”, disse o delegado Zampieri. A atuação do SIG começou em meados de setembro, quando a Delegacia Regional, em virtude da saída do delegado naquela cidade, decidiu contribuir na busca de respostas à população caarapoense.
No fim de setembro, uma operação foi desencadeada na cidade. Em conjunto e coordenadas pelo SIG participaram a Polícia Federal, Delegacia de Fronteira (Defron), 2° Distrito Policial, DAM e Daij. Com o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão, as informações começaram a surgir e esclarecer muitas coisas. A ‘matriarca’ do grupo foi presa nesta operação.
Foi quando o delegado Mateus Zampieri, na iminência de concluir os inquéritos da chacina e outros dois dos assassinatos, instaurou um quarto inquérito, para apurar associação criminosa armada, associação para o tráfico e tráfico de drogas. A meta era apurar como o grupo agiu após se instalar na cidade.
Com o trabalho, em três meses, 18 pessoas foram indiciadas e onze permanecem presas, e todos os mentores e líderes do grupo estão detidos, garantindo tranqüilidade á população de Caarapó.
“Esta foi a mostra da polícia judiciária trabalhando forte e do SIG demonstrando a importância que tem em âmbito regional. Conseguimos dar a resposta que a sociedade precisava”, disse o delegado Zampieri. Segundo ele, as investigações continuam para apurar outros crimes que aconteceram na cidade com suspeitas sobre o grupo.
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