O piloto teria tentado um pouso de emergência, mas a aeronave acabou colidindo “de bico” na pista. - Crédito: Foto: Divulgação
O piloto do monomotor Cessna 210, Mário Ney Chaves Pires, de 55 anos, que morreu domingo passado na queda do avião, no aeroporto de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, cidade que fica na fronteira com Ponta Porã, no Brasil, foi alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), tendo sido indiciado na ocasião. De acordo com o jornal paraguaio ABC Color, Chaves foi preso em 1991 durante uma operação da Polícia Federal, que investigava uma quadrilha acusada de trazer cocaína colombiana para o Brasil e posteriormente para a Europa. Na época, foram apreendidos 849 quilos de cocaína em Marabá, no Pará.
Chaves morreu em companhia do estudante paraguaio, Antônio Marques Duartez, de 24 anos durante a queda da aeronave, que aconteceu por volta das 15h30. O piloto teria tentado um pouso de emergência, mas a aeronave acabou colidindo "de bico" na pista do aeroporto.
A polícia encontrou no avião vários aparelhos celulares e sacos recheados de folhas de coca. A polícia paraguaia acredita que a aeronave voltava da Bolívia e continua investigando as causas da queda do avião.
CPI do Narcotráfico
Mário Ney Chaves Pires, era brasileiro, nascido em Porto Velho (RO), mas morava em Pedro Juan Caballero. As investigações feitas pela CPI, em meados de 2000, apontam participação de Chaves no narcotráfico desde 1999.
A Comissão reuniu parlamentares da Assembleia Legislativa de São Paulo, já que o estado era um dos abastecidos pelas drogas transportadas no esquema ilícito.
O relatório final da CPI do Narcotráfico relatório final indiciou mais de 800 pessoas, entre elas dois deputados federais, 14 estaduais e seis desembargadores. Também entraram na lista prefeitos, delegados de polícia, policiais civis, militares e empresários.