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Policial Federal é autuado em flagrante por homicídio

09 Mai 2011 - 22h00
Policial Federal é autuado em flagrante por homicídio -
DOURADOS – O policial federal Leonardo Pacheco, acusado de matar Sandro Alvares Morel e ferir José Ferreira de Souza à tiros, ambos policiais militares do Serviço Reservado (P2), foi autuado em flagrante por homicídio e tentativa. Como também acabou ferido na barriga durante o confronto, ele foi internado, passou por uma cirurgia e permanece internado no Hospital Santa Rita. Ele ficará sob a custódia da Polícia Federal, até a manifestação do poder Judiciário.

A notícia foi dada ontem pela manhã, durante pronunciamento, em coletiva à imprensa, dos delegados Luis Augusto Milani, que estava de plantão no dia que ocorreu os fatos e o Humberto Peres Lima, titular do Serviço de Investigação Geral (SIG), que presidirá o caso.


Segundo o delegado Humberto todos os depoimentos estão em sincronismo, salvo a parte que o polícia militar, do serviço reservado (P2), teria se identificado ao entrar no apartamento do PF. A GM que é testemunha ocular no caso, afirma que o PM se identificou. Já Pacheco dá uma outra versão afirmando que isso não ocorreu e que por isso teria atirado contra o policial.

O delegado ressaltou ainda que foram apreendidas três armas, duas que estavam com os PMs e uma do policial federal. A guarda municipal, que não teve o nome revelado, não estava armada. Foram apreendidos ainda dois CPU’s, um na residência da guarda municipal e outro no apartamento do PF. Os dois vão submetidos a perícia onde serão checadas todas as conversas que os dois tiveram pela Internet.

Os delegados da Polícia Civil ressaltaram que o inquérito policial instaurado para apurar o homicídio e a tentativa, deve ser concluído em dez dias caso o PF permaneça preso ou 30 dias se for concedida liberdade provisória ao policial. Dentro desse prazo também deverá ficar pronto os laudos dos exames periciais realizados no local e nos computadores.

O advogado Felipe Azuma, que assumiu a defesa de Leonardo Pacheco declarou que entrou ontem com o pedido de liberdade provisória em favor de seu cliente. “Estamos baseando o pedido em dois fatos. Primeiro porque ele só reagiu em sua defesa por não saber que o homem que invadia sua residência era um policial militar e segundo porque meu cliente é um servidor público federal que tem uma conduta exemplar no trabalho e nunca se envolveu em nenhum tipo de crime. Portanto não há motivos para que ele permaneça preso”, ressaltou o advogado.

NOTA PF

No final da manhã de ontem a Delegacia da Polícia Federal de Dourados enviou nota à imprensa lamentar a morte do Policial Militar, Sandro Alvares Morel. O documento afirma ainda que a PF está acompanhando de perto todas as investigações da Polícia Civil que elucidarão as circunstâncias da morte do PM ocorrida na tarde de domingo, “principalmente os motivos da presença de uma guarda municipal e dos policiais do Serviço Reservado no apartamento do policial federal à revelia do Comando da PM, do Serviço Reservado e em diligência estranha às atribuições inerentes às funções desses órgãos”, informa a nota.


O documento explica que a Polícia Federal designou um Delegado do órgão para acompanhar as investigações e ofereceu ao presidente do Inquérito, da Polícia Civil, todo o apoio, inclusive, de criminalística, para ajudar no esclarecimento dos fatos no mais curto espaço de tempo.
“A Polícia Federal ainda hoje (segunda-feira) instaurara procedimento administrativo disciplinar a fim de apurar eventual transgressão disciplinar por parte do policial federal, o qual até o momento não apresenta qualquer registro que desabone sua conduta profissional”, enfatizou a nota.

GOVERNADOR

Questionado ontem sobre o envolvendo de integrantes de vários órgãos ligados a segurança pública, o governador André Puccinelli disse que ficou sabendo do caso somente na manhã de ontem, que buscou mais informações através do comando da PM, em Dourados, sobre o que já havia sido apurado e determinou rigor nas investigações.

RETROSPECTIVA

Depois de ouvir em depoimento os dois policiais feridos e ainda a guarda municipal, envolvidos no episódio, que resultou na morte de um policial militar, os delegados deram uma novas versão dos fatos.

O crime teve origem através de contato via Internet. A primeira conversa entre a guarda municipal e o PF ocorreu numa sala de bate papo da Rede Mundial de Computadores e posterior mente houve mais duas já através do MSN. Ele não sabia que ela seria GM e ela não sabia que o contato seria um policial federal.

Nas investigações até o momento ficou evidenciado que a GM se intitulou garota de programa e o PF se intitulou traficante. Na conversa ele teria enfatizado que a droga não ficava no apartamento e que pagaria o programa em dinheiro e não com droga.

Diante da gravidade das informações a guarda entrou em contato com a Polícia Militar, através do 190, informando o fato, sendo que a equipe da P2, que estava de plantão no Dia das Mães, foi até o local checar a denúncia.

Os policiais militares chegaram na frente do prédio, o Residencial Indaiá, localizado no bairro Flórida I, onde mora o PF, onde aguardou a chegada da GM. Ela entrou no local acompanhada do P2 Morel. O outro PM ficou do lado de fora dando cobertura.

A guarda bateu na porta do apartamento do policial federal, que ao abrir a porta foi surpreendido pelo PM do Serviço Reservado, que teria se identificado na tentativa de conter qualquer tipo de ação do possível traficante, mas de imediato o PF sacou a arma e passou a atirar contra o policial que foi morto com seis tiros, sendo que cinco atingiram o peito e um o pescoço. O agente federal também ficou ferido na região do abdômen, durante a troca de tiro.

A GM ao ver o crime correu para fora do prédio. Mesmo ferido, o PF perseguiu a mulher e ao sair do prédio voltou a trocar tiro com a PM, dessa vez com José Ferreira de Souza, que foi baleado numa das pernas.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi para o local e socorreu os feridos. O soldado P2 Sandro Alvares Morel já estava sem vida.


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