
Um comboio formado por dois ônibus, dez viaturas, uma van e dois microônibus, saíram de madrugada de Dourados, para o acampamento. Cerca de 60 homens da Companhia de Gerenciamento de Crise e Operações Especiais (Cigcoe), de Campo Grande e 40 da Força Tática, de Dourados integraram a operação que contou com mais de 200 policiais militares, somados ao efetivo do 12º Batalhão da PM de Naviraí e da companhia de Itaquiraí.
O comboio chegou ao local no início da manhã de quarta-feira. Os policiais trancaram os dois lados da rodovia estadual e reuniu os sem-terra em pequenos grupos para que a oficial de justiça Janice Fátima Diel fizesse a leitura do mandado judicial.
Depois de mostrar o documento para o grupo do MST, os policiais passaram a vistoriar cada barraco do acampamento à procura dos alimentos roubados e também de armas.
Fardos de arroz, feijão e vários outros itens, saqueados da carreta de uma empresa de produtos alimentícios, foram apreendidos em praticamente todos os barracos. Para transportar todo a mercadoria apreendida, a polícia precisou de um caminhão caçamba. Além dos alimentos a PM apreendeu ainda moto-serras, sem licença ambiental, várias armas brancas e uma espingarda calibre 20, municiada. Todos os objetos foram encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil de Itaquiraí.
O comandante do Cigcoe, major Massilon da Silva Neto, explicou que os responsáveis pelos barracos onde estavam os alimentos e também os outros objetos, forma identificados e os dados também foram repassados à Polícia Civil, daquela cidade.
Delegado Joel disse que resolveu pedir o mandado de busca e apreensão por conta do clima de insegurança que se instalou na região depois que o sem-terra começaram os saques. “As ações criminosas dos sem-terra trouxe medo aos motorista que frequentemente usam a rodovia. Diante dessa situação pedimos o mandado até para coibir a ação deles”, explicou o delegado.
Segundo o delegado os sem-terra identificados vão ser intimados para depor e responderão pelos atos criminalmente. “Os identificados serão autuados pelo crime de roubo e alguns podem ser enquadrado também por formação de quadrilha”, salientou Joel dos Santos.
Valdinei de Souza, falou com a reportagem, em nome dos sem-terra do acampamento. Ele confessou que as famílias se uniram para saquear os caminhões que transportavam alimentos. “Fizemos isso como forma de protesto contra o Incra. Há meses o órgão não faz a distribuição de cestas básicas”, declarou.
Questionado se voltariam realizar saques na rodovia, já que os alimentos recolhidos foram apreendidos pela polícia, Valdinei não descartou a possibilidade e disse que a ação vai depender da posição de todo o grupo.
O comandante da operação major José Maidana, do 12º Batalhão, de Naviraí, comemorou o sucesso do cumprimento da ordem judicial. “Os sem-terra não ofereceram resistência. Fizemos todo o trabalho sem que ninguém ficasse ferido”, concluiu.
Diante do risco eminente de novos saques, as polícias civil e militar, da região, vão agora estudar uma forma de reforçar a segurança na rodovia estadual, para coibir a ação dos acampados. O Major vai entrar em contado o Comando Geral da PM pedindo ajuda para resolver o problema. O comandante não descarta inclusive o pedido de apoio, de efetivo, ao 3º Batalhão, de Dourados.
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