
Conforme o relatório inicial do Idesf, Mato Grosso do Sul, que faz fronteira de 1.700 quilômetros Paraguai e Bolívia, vem se configurando como um dos maiores corredores de distribuição de cigarros, eletrônicos, medicamentos, além de drogas e armas, que seguem para São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal e outros estados do País.
O presidente do Idesf, Luciano Stremel Barros, abriu a conferência e explicou que o contrabando fomenta a entrada em massa de produtos ilegais no Brasil e que a atividade está cada vez mais especializada e estratégica, capaz de ser organizar e alterar seus percursos, migrando de acordo com as ações de fiscalização. No ano passado, houve um aumento significativo de entrada e rotas de contrabando pelo Mato Grosso do Sul, por consequência da intensificação policial no Paraná.
Segundo o estudo, apresentado ao público, o Estado possui um trecho de mais de 1.100 quilômetros de estradas de terra, sem fiscalização, por onde os contrabandistas circulam livremente, que seriam necessários mais de 300 mil agentes federais para coibir esse tipo de crime, que somente no ano passado contabilizou prejuízo de R$ 115 bilhões um crescimento de 15% em relação ao ano de 2014.
O estudo também constatou uma triste realidade, a de que as cidades que estão na rota do contrabando sofrem sérios problemas econômicos e sociais, como desemprego, violência, evasão escolar e baixa autoestima da população, consequências que bloqueiam o desenvolvimento das cidades e de seus habitantes.
Segundo a pesquisa, o contrabando de cigarros do Paraguai cresceu mais de 50% após um crescimento de mais de 110% do IPI ocorrido entre 2012 e 2015 e, atualmente, resulta em uma evasão fiscal de R$ 4,9 bilhões.
O governador Reinaldo Azambuja destacou a necessidade da construção de uma política de Estado, com planejamento e ações conjuntas, aliadas a uma política desenvolvimentista de fronteira, fortalecimento das estruturas, integração com inteligência e cumplicidade para combater o crime na fronteira e proporcionar a recuperação econômica e social das cidades afetadas por essa atividade como solução para o problema.
Também participaram das atividades representantes da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça; das Forças Armadas; da Associação Brasileira de Automação; da Polícia de Finanças da Itália; da CCR MS Vias e do Tribunal de Contas da União e outras autoridades participaram de dois painéis sobre o tema.
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