O ministério público militar denunciou 11 militares do exército – quatro sargentos, dois cabos, um tenente e quatro soldados, pela morte do soldado Vinícius Ibanez Riquelme, 19 anos. O caso aconteceu em abril deste ano durante treinamento na cidade de bela vista. O laudo necroscópico confirmou que o rapaz morreu por realização de exercícios físicos rigorosos.
A denúncia foi oferecida pelo promotor da justiça militar mauro José Pinto. No documento ele cita que a materialidade dos fatos ficou comprovada por fotos que mostram as mãos de dois militares queimadas e cita que os acusados obrigaram os recrutas a comerem alho e cebola crus, além de agredi-los com galhos de árvores e forçá-los a rastejar.
Durante a instrução de sindicância ficou revelado que diversas condutas praticadas pelos instrutores excederam a “instrução e o abuso no tratamento com os soldadores, submetendo alguns desses a situações constrangedoras, inadequadas e não previstas no regulamento ou ordem de instrução.
Ainda conforme o documento, testemunhas e os militares pontuaram que os denunciados praticaram os maus-tratos de forma livre e consciente os agredindo com chutes, privação de alimentação, entre outras condutas. Um recruta foi também ridicularizado com adesivo de “cuidado-frágil” em seu capacete por conta da orientação sexual.