Na manhã de quarta-feira (31), ao realizar diligências em Ponta Porã, a Defron recebeu denúncias de disparos realizados por armas de fogo, os quais teriam ocorrido no Bairro Residencial I. Ao verificar o endereço onde teriam sido efetuados os disparos a Defron identificou que o imóvel já era investigado por indícios de abrigar foragidos, membros de uma facção criminosa.
Verificou-se que o morador, conhecido como Tubarão, de São Paulo, e que se encontrava preso em regime domiciliar, era uma das lideranças da facção na região de fronteira. Ao ser vistoriado o imóvel, onde além do morador encontravam-se duas pessoas, todas com passagens por tráfico de drogas, verificou-se, de imediato, um tablete de maconha e mais de 30 porções de cocaína sobre a geladeira, além de uma pistola, municiada, alocada ao lado da cama pertencente ao morador.
Além disso, foram apreendidas duas balanças de precisão e plástico utilizado para embalar drogas. Chamou a atenção a apreensão de um caderno com anotações sobre a hierarquia e diretrizes de uma facção e também referente à distribuição, em larga escala, de drogas. Encaminhado à Delegacia de Polícia, ao ser colocado em uma cela para a confecção da ocorrência policial e demais procedimentos, Tubarão passou a agredir violentamente um preso, sob a alegação de que ele não "fecharia" com a facção. Dado à gravidade das lesões o agredido precisou de atendimento médico, sendo, em seguida, encaminhado para o IML para ser submetido a exame de corpo de delito.
Durante o interrogatório de Tubarão a ele foi franqueado o acesso ao seu aparelho celular, que estava apreendido, para fins de obter o contato de sua advogada. Contudo, ao acessar o aparelho celular tentou resetar o eletrônico, visando apagar provas, sendo contido pela equipe da Defron. Ele foi autuado por tráfico de drogas, associação para o tráfico e posse de arma de fogo, além da lesão corporal contra o detento agredido. Um outro homem que com ele estava na casa foi autuado em flagrante por tráfico de drogas, associação para o tráfico e posse irregular de arma de fogo. Foi representado pela decretação da Prisão Preventiva desses presos.
Na residência onde ocorreu a atuação policial foram encontradas várias camisetas de uma faculdade de medicina, ao que tudo indica utilizadas pelos autuados quando trafegavam nas ruas para, assim, evitar uma abordagem policial.