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Índios entregam armas e droga à polícia

14 Jun 2011 - 21h10
Armas entregues ontem pelas lideranças indígenas - Crédito: Foto : Hédio Fazan/PROGRESSOArmas entregues ontem pelas lideranças indígenas - Crédito: Foto : Hédio Fazan/PROGRESSO
DOURADOS – Na manhã de ontem durante reunião, na Aldeia Jaguapiru índios da Reserva de Dourados, fizeram uma série de denúncias e entregaram uma porção de droga e várias armas ao delegado da Polícia Federal, de Brasília-DF Antônio Carlos Moriel, que chefia a Operação Tekohá.

Os objetos, dentre eles facões, foices, pedaços de pau com pregos nas pontas, facas e várias outras armas brancas artesanais, foram apreendidos durante patrulhamentos, feitos por um grupo de lideranças indígenas, dentro das aldeias Jaguapiru e Bororó. Um dos líderes também entregou uma “trouxinha” de maconha que teria tomado de um usuário, que denunciou o local e de quem havia comprado. A denúncia foi repassada à Polícia Federal para que fossem tomadas as devidas providências.

“Desde a última sexta-feira, com o início da operação, não realizamos mais os patrulhamentos de rotina. Entregamos essas armas como símbolo de que estamos repassando a segurança da reserva nas mãos da polícia. Espero que daqui para frente a nossa comunidade possa dormir mais tranquila”, afirmou o capitão da Aldeia Jaguapiru Vilmar Martins Machado.

A coordenadora regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), de Dourados, Maria Aparecida Mendes de Oliveira que também participou da reunião explicou que um convênio está sendo firmado entre Ministério da Justiça e Governo do Estado para garantir o policiamento permanente nas aldeias, com a implantação de um posto da Polícia Militar. “Não estamos preocupados apenas com o policiamento ostensivo, mas também com os trabalhos de orientação e educação dos indígenas. Vamos realizar esses trabalhos a partir das escolas”, ressaltou a representante da Funai.

O major Carlos Silva, que esteve acompanhado do tenente Teodoro Caramalac Neto, na reunião explicou às lideranças que a partir da próxima sexta-feira, depois da troca de comando do 3º Batalhão da PM, de Dourados, a comunidade indígena já poderá fazer denúncias através do 190.

“Realizaremos nas aldeias os mesmos trabalhos que já são executados nos bairros da cidade. Não faremos ‘vistas grossas’ para nenhum tipo de crime e até mesmo infrações de trânsito”, declarou o major orientando os líderes quanto ao grande número de menores que pilotam motos dentro das aldeias, a maioria sem o uso de capacete.

BASE POLICIAL

No quarto dia da Operação Tekohá, que deve durar 120 dias, a Polícia Federal instalou uma base móvel em frente à Escola Tengatui Marangatu, na Aldeia Jaguapiru. Dez agentes também estiveram pela manhã auxiliando nos trabalhos dentro da Reserva Indígena de Dourados.

A Brabo, como é denominada a unidade Brasil/Bolívia e que foi criada para ser usada na Operação Arco de Fogo, que combate o desmatamento na Amazônia e outros Estados da região Norte do País, está equipada com um cartório, computador e internet, além de gerador de energia e local para guardar materiais apreendidos. “A unidade vai servir para atender os índios que quiserem denunciar crimes que estão ocorrendo dentro das aldeias de Dourados ”, explicou o chefe da operação.


Na reunião o delegado Moriel pediu paciência aos líderes indígenas. “Não podemos resolver em quatro dias um problema que existe há anos, aqui dentro da reserva de Dourados. Os resultados surgirão ao longo da operação”, concluiu.

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