Morte de corretor de veículos pode estar relacionada à facção criminosa e ao tráfico - Crédito: Foto: Sidnei L. Bronka
DOURADOS - A Polícia do Paraguai informou, ontem, que o corretor de veículos de Ponta Porã, Cláudio Antônio da Silva, de 40 anos, executado na quarta-feira, em Dourados, com 12 tiros de pistola 9 milímetros, sendo quatro na cabeça, estaria ligado a uma facção criminosa, que tem envolvimento com tráfico de drogas, na região de fronteira, liderada por Nilton César Antunes, que atualmente está preso no Paraguai.Os policiais paraguaios informaram ainda que Cláudio teria ocupado o lugar de Roni Alves de Campos, de 39 anos, também conhecido pelo apelido de “Roni Preto”, que era membro do grupo e também foi executado em Dourados, no ano passado, com sete tiros, depois de sair da prisão, no Paraguai. Ele foi assassinado na Rua Monte Alegre.
Segundo informações da polícia, Roni estava na frente da casa da sogra, quando um desconhecido se aproximou, sacou uma arma e começou a efetuar vários disparos. De acordo com a PM, o atirador provavelmente estava tendo o apoio de outra pessoa, que o esperava numa motocicleta.
Além de Roni, a filha dele, de 12 anos, também foi atingida com um tiro no braço direito e o cunhado de 42 anos, na tentativa de tirar a menina do local, também foi atingido com um tiro na altura da cintura. Roni tinha passagem na Polícia por tráfico de drogas, assalto, contrabando e furto. Ele era morador da cidade de Ponta Porã.
######INVESTIGAÇÃO
O delegado do 2º Distrito Policial de Dourados, Décio Vavolizza, que é responsável pelas investigações do assassinato de Cláudio, explica que a linha de investigação trabalha com a possibilidade de crime de pistolagem, por conta da forma que a vítima foi morta. O delegado afirmou que a primeira hipótese da motivação do homicídio seria uma série de dívidas, relacionadas à comercialização de veículos, que Cláudio teria em Dourados.
“Apreendemos uma motocicleta de alto valor e uma caminhonete, que serão submetidas a perícia. Também já ouvimos dez pessoas, entre testemunhas e familiares esta semana e, na semana que vem, ouviremos mais cinco. A informação que temos é que a situação financeira de Cláudio não era boa e que ele estaria muito endividado”, declarou o delegado.
O responsável pelo caso ressaltou ainda que apesar de estar trabalhando com outra linha de investigação, não descarta a versão dada pelos policiais paraguaios, de que as execuções dos dois ponta-poranenses tenha sido por acerto de contas entre traficantes que atuam na região. “Vou pedir que os investigadores do 2º DP entrem em contato com a Polícia Civil de Ponta Porã para que essas informações sejam checadas”, enfatizou Décio Vavolizza.