De posse dos números de série dos aparelhos furtados a equipe foi até um box, no Camelódromo, e depararam com o autor Muhammad, de 34 anos, que estava atendendo como vendedor.
O homem ofereceu um aparelho com características semelhantes às dos celulares furtados e solicitou através de ligação telefônica feita a Ashraf, sócio dele, que o mesmo trouxesse até o box, alguns aparelhos celulares para efetuar a venda.
Passados alguns minutos, Ashraf apresentou dois aparelhos modelo J5 cujos números de série eram os mesmos cadastrados no boletim de ocorrência de furto. Foi dada voz de prisão aos mesmos e solicitado que levassem a equipe até a outra loja onde havia mais celulares daquele lote.
Os policiais foram, juntamente com os autores, até uma loja de celulares de propriedade de Kamel, 47 anos, onde foram localizados mais 16 aparelhos, e, em outra loja, foram localizados outros 3 celulares da mesma marca e modelo.
Kamel informou que teria comprado de Cidcley, de 30 anos, todos os aparelhos telefônicos e os conduziu até a loja do autor, na rua Treze de Maio. Cidcley afirmou ter vendido os objetos e que adquiriu de Plinio, de 56 anos.
Conforme investigações, na mesma data, Plinio teria oferecido a Cidcley outros 30 aparelhos da marca Positivo. Uma equipe do setor de investigações juntamente com Cidcley foi até a residência do Plinio onde encontraram um revólver calibre 38, 79 munições de mesmo calibre, 30 aparelhos celulares da marca Positivo os quais estavam no porta malas do veículo. Em vistoria, foram encontrados outros 50 aparelhos celulares que estavam dentro de um malote.
Em entrevista, Plinio relatou que os aparelhos pertenciam ao malote que seria entregue às Casas Bahia, porém seria entregue uma quantidade menor, pois o mesmo subtraía alguns para venda no comércio local e registrava boletim de extravio de mercadorias.
Os celulares dos autores foram apreendidos por conter as conversas em aplicativo de mensagens em que estes negociavam a venda.
Enquanto aguardava as diligências da outra equipe de investigação, o autor Kamel tentou subornar um dos investigadores, perguntando quanto que teria que pagar para encerrar o assunto. Diante dos fatos, todos foram encaminhados à Depac Centro onde foram autuados em flagrante por receptação, associação criminosa, corrupção ativa, posse irregular de arma de fogo e contrabando, e encontram-se à disposição da Justiça.