
Segundo o delegado, o grupo conseguia o contato de contribuintes que estavam inadimplentes com a prefeitura e ofereciam um esquema negociando o pagamento da dívida por valores menores.
“Eles diziam para o contribuinte que tinham um esquema com a prefeitura e que poderiam quitar a dívida da pessoa com o pagamento de apenas 50%. Se o proprietário tinha uma dívida de R$ 10 mil, eles cobravam R$ 5 mil para quitar e mais uma porcentagem pelo serviço” explica o delegado.
Os golpistas foram presos em flagrante quando tentavam dar mais um golpe. Segundo informações do delegado, um dos integrantes do grupo tentou efetuar um pagamento de diversas guias de IPTU com um cheque de aproximadamente R$ 380 mil na Central do Cidadão, localizada na região central de Campo Grande.
A funcionária que receberia o pagamento desconfiou do alto valor e ligou para o banco para checar o saldo da conta do proprietário do cheque. Ela constatou que o saldo era de apenas R$ 70 e acionou a polícia.
Ainda segundo o delegado, os estelionatários pagavam as dívidas na prefeitura com cheques sem fundos, que eram roubados ou de terceiros contratados como “laranjas”. Como o golpe não era identificado na hora do pagamento, as guias eram autenticadas e devolvidas como “quitadas” para os golpistas. Quando os cheques voltavam, a dívida era restabelecida e os proprietários dos imóveis voltavam a ser cobrados.
Os outros dois estelionatários envolvidos no esquema foram presos em suas residências. Com eles foram encontradas centenas de guias de pagamento de IPTU, além de carimbos falsos de cartórios e órgãos públicos, cédulas de RG e CPF em branco, notebooks, impressoras e documentos falsificados.
Entre as guias que foram empreendidas estava a de Sidney Ramão Peralta, dono de um imóvel na rua Cristiano Machado, no bairro Santo Amaro.
Em entrevista ao G1, o proprietário confirmou que o imóvel estava com o IPTU atrasado, mas afirmou que não tinha conhecimento de nenhum golpe e negou que tenha dado dinheiro para a negociação da dívida.
“Eu fui procurado uma vez por uma pessoa que ligou na minha casa dizendo que era da empresa de cobrança que presta serviços para a prefeitura. Eles me ofereceram uma renegociação, mas eu não quis e não fiz nenhum pagamento. Não sei como a guia do meu imóvel foi parar na mão dos golpistas”, relata o proprietário.
Os três envolvidos já tem passagens pela polícia por diversos crimes entre eles estelionato, falsificação e até lesão corporal dolosa. Segundo o delegado eles responderão ao crime de Estelionato e falsificação de documentos. Eles foram encaminhados para uma cela provisória na Delegacia Especializada de Furtos e Roubos (DERF).
A Polícia Civil ainda investiga a participação de outros envolvidos no esquema de fraudes no pagamento do IPTU.
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