Reprodução de vídeo divulgado pela Polícia Militar de São Paulo mostra avião interceptado. - Crédito: Foto: Reprodução VídeoDe acordo com a nota, o procedimento foi adotado por se tratar de “uma aeronave suspeita de tráfico de drogas que desobedeceu às orientações iniciais determinadas pela defesa aeroespacial brasileira”.
Segundo o site Folha da Região, de Araçatuba, o delegado-chefe da Polícia Federal na cidade, Frederico Franco Rezende, informou que os dois homens presos - um piloto de 46 anos e um comerciante de 48 - são naturais do Estado do Paraná.
O delegado não revelou o conteúdo do depoimento deles, sob a justificativa de que esse é um procedimento da Polícia Federal e explicou que a PF apenas colaborou com a FAB, que é o órgão que fez a abordagem.
De acordo com o delegado que investiga o caso, os dois não quiseram falar a origem da droga, avaliada pela polícia em R$ 7 milhões. O piloto ganharia R$ 50 mil pelo transporte e o comerciante, US$ 100 mil para entregar a droga em destino que também não foi informado. A dupla foi presa por tráfico internacional e encaminhada à cadeia de Penápolis.
A Polícia Federal em Araçatuba vai investigar o plano de voo do avião para saber para onde a cocaína que estava na aeronave seria levada. Segundo a PF, em depoimento um dos presos disse que o destino seria uma fazenda no interior de São Paulo.
O avião permanecerá apreendido na oficina mecânica para aeronaves, perto da zona rural de Gabriel Monteiro (SP), onde foi feita a abordagem pelos caças, até ser definida a destinação, que será de acordo com determinação da Justiça Federal. A aeronave seria, segundo registro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), de um homem residente em Barretos (SP), porém, ele comunicou a venda do Sêneca. Ao Portal G1, o ex-proprietário disse que o suposto traficante preso dentro do avião se identificou como pecuarista morador em Campo Grande quando comprou a aeronave, há 19 dias. Ele disse que viu o comprador uma única vez.
A Força Aérea explicou, através da nota oficial, que o tiro de advertência foi dado para obrigar o avião suspeito a pousar. A FAB faz questão de lembrar que o processo seguiu todos os trâmites legais previstos no decreto nº 5.144, de 16/07/2004, inclusive com a realização do tiro de aviso, recurso que tem como objetivo alertar o piloto para a obrigação de atender às determinações dos caças militares.
Segundo caso
Em 24 de outubro, a FAB perseguiu e atirou em outra aeronave que voava sem plano de voo e fazia uma rota ‘conhecida por ser utilizada para atividades ilícitas’, conforme informação divulgada pela Aeronáutica, a época. Neste caso, no entanto, o piloto não atendeu ao tiro de advertência para que descesse em local determinado pela FAB e ‘evadiu-se pela fronteira com o Paraguai’, não sendo localizado, naquele momento.
No dia 26 de outubro, no entanto, um avião monomotor com várias marcas de tiros foi encontrado pela Polícia Civil no aeroporto municipal de Paranavaí, no noroeste do Paraná. A suspeita era que esta era a mesma aeronave perseguida pela Força Aérea Brasileira (FAB) dois dias antes, em Japorã. Este avião apreendido foi levado para o pátio da Delegacia da Polícia Civil de Paranavaí e os documentos encontrados na cabine foram enviados à Polícia Federal. Não foi encontrada droga naquela ocasião, mas o avião já havia sido apreendido em 2012 pela Secretaria Antidrogas do Paraguai, carregado de ilícitos.
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