Artuzi e Sidlei vão depor na seção criminal do Tribunal de Justiça em Campo Grande
Foto: arquivo
-
O prefeito afastado Ari Artuzi (sem partido) e mais dez pessoas envolvidas na Operação Owari de-sencadeada pela Polícia Federal em julho de 2008 irão depor hoje na seção criminal do Tribunal de Justiça (TJ), em Campo Grande. Além de Artuzi, irão prestar depoimento os vereadores afastados Sidlei Alves (DEM), Humberto Teixeira Júnior (PDT) e Paulo Henrique Amos Ferreira (Bambu) (DEM), alguns ex-assessores de Artuzi e empresários.
Os depoimentos estão previstos para começar às 8h30 e os réus presos, Artuzi e os vereadores afastados, devem ser transportados de camburão até o Tribunal de Justiça.
Artuzi encontra-se preso na Penitenciária Federal em Campo Grande e os dois vereadores, Sidlei Alves e Humberto Teixeira Júnior estão na Penitenciária Harry Amorim Costa (Phac), em Dourados.
A Operação Owari foi a a primeira a apontar irregularidades na administração de Artuzi, preso desde setembro deste ano, após a Operação Uragano, que identificou desvios de dinheiro, fraudes em licitações e pagamento de propina a vere-adores.
O TJ autorizou que Artuzi fosse processado em agosto deste ano referente a ação penal gerada pela Owari. O interro-gatório é o primeiro passo para dar prosseguimento à ação, que apontou fraude em licitações e formação de quadrilha.
Foi por causa desta ação que o TJ/MS decidiu afastar Artuzi do cargo, após a prisão por conta a Operação Uragano. Os desembargadores entenderam que solto ele poderia “comprometer o andamento do processo”.
#####LIBERDADE
Ontem os advogados de Artuzi informaram que o recurso jurídico que pede a liberdade do prefeito afastado deve ser julgado nesta semana pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O pedido já estaria com o relator, o ministro Jorge Mussi. O advogado de Artuzi Carlos Marques, pediu urgência no julgamento.
A Justiça do Estado negou a liberdade do prefeito afastado por duas vezes. A última tentativa da defesa foi negada no dia 19 de outubro, pela sessão criminal do TJ/MS.
Para o advogado do prefeito afastado, não há mais razões para manter Artuzi na prisão até porque ele está afastado do cargo e não oferece riscos à administração pública.
Além dele e dos vereadores Sidlei Alves, Humberto Teixeira Júnior e Edvaldo Moreira, estão presos o vice-prefeito, Carlinhos Cantor (PL), a esposa de Artuzi, Maria Aparecida Freitas e mais quatro ex-secretários municipais.