Presídio de Naviraí foi destruído pelos rebelados que queimaram colchões e petrechos por toda parte. - Crédito: Foto: Divulgação/SinsapOs presos são considerados "líderes negativos do movimento" e pelo menos 25 deles irão para a maior cidade do interior, onde está localizada a Penitenciária Estadual de Dourados (PED), presídio construído para abrigar 748 detentos, mas que conta com 2,4 mil, sendo 600 de alta periculosidade. Os demais seguem para a Máxima da Capital. "A Agepen providenciou a transferência de 52 presos, identificados como lideranças negativas, para outros presídios do Estado", informa nota enviada pela assessoria.
O motim que tomou alas do estabelecimento penal, foi controlado, segundo a Agepen, na manhã de ontem, quando o Batalhão de Choque da Polícia Militar – especializado neste tipo de atuação – entrou no estabelecimento. Segundo informações da PM, o controle do local levou 20 minutos. Em nota, a PM informou que "foi percebido que os detentos rebelados não tinham reivindicações a serem feitas, estavam tentando mostrar sua ‘força’". Anterior à chegada do Bope, policiais da Força Tática de Dourados atuaram na contenção dos ânimos quando alguns dos detentos rebelados tentaram tomar um dos pavilhões do setor administrativo.
Mortos
Dois presos foram mortos durante a rebelião que durou 16 horas e terminou na manhã de ontem. Luiz Fabiano Bezerra, 36 anos, o "Zorba", e Fernando Florentino da Silva, também de 36 anos, foram executados por companheiros de cela, por motivos ainda desconhecidos pela Agepen. Na quinta-feira, a informação era de uma morte, e ontem, após entrar no local, o Bope encontrou outro preso morto, decapitado.
Os dois tinham vários antecedentes criminais com passagens por roubo e tráfico. Luiz Bezerra estava entre os dez presos feridos levados para a Santa Casa de Naviraí, mas morreu antes de ser atendido. Fernando Florentino da Silva foi encontrado decapitado após o controle da rebelião.
Danos
Ainda segundo a PM, os presos "apenas depredaram o presídio em um ato de vandalismo e incendiaram todas as celas, além de quebrarem grades e alambrados. A Agepen informou que um levantamento é feito para dimensionar as avarias no presídio e determinar quais reparos serão necessários. "O restabelecimento de água e luz no local, para a realização dos reparos iniciais está sendo feita", informou a Agência.
"Os familiares dos internos mortos, bem como os detentos feridos, estão recebendo a assistência necessária por uma equipe técnica da Agepen. Está suspensa a visitação de familiares na penitenciária de Naviraí neste final de semana e ainda está sendo avaliado pela Agepen quando as visitas poderão ser retomadas", finaliza a nota.
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