Parquímetro pode voltar a funcionar em Dourados. Foto: Marcos Ribeiro - De acordo com o diretor de relacionamentos institucionais da empresa, Sérgio Iran Soares, a EXP Parking vem reformulando seu modelo de negócio, buscando atender os interesses da população.
Em Dourados, os reflexos da suspensão do rotativo já começam atingir principalmente os comerciantes. De acordo com o presidente do Sindicom (Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Dourados), Walter Castro, existe a falta de vagas na área central e por isso os comerciantes já calculam 10% de perdas nas vendas. "Nós tivemos prejuízos no faturamento do Dia das Mães, já que os clientes não tinham como estacionar e acabavam indo para outros pontos", destaca.
Segundo Walter, o comércio espera que o parquímetro seja ativado o quanto antes para garantir uma organização nas vagas. "O comércio defende que deve haver a cobrança, porém de forma justa ao consumidor. Neste sentido, uma cidade com mais de 200 mil habitantes e que recebe clientes de toda a região, precisa com urgência ter seu sistema de vagas organizado. Hoje o que se vê são pessoas rodando por mais de 20 minutos para encontrar uma vaga porque há veículos de funcionários de empresas que ficam o dia todo nas vagas. Se alguma providência não for tomada com urgência, a área central vai se tornar um transtorno para os clientes e eles vão esvaziar o centro", alerta.
#### Judiciário
Em abril, o juiz da 6ª Vara Cível de Dourados, José Domingues Filho, determinou a imediata suspensão do contrato de concessão da empresa EXP Parking com a Prefeitura de Dourados e a paralisação da cobrança aos usuários.
A decisão atende a um pedido do Ministério Público Estadual, através da 10ª Promotoria, que denunciou práticas abusivas por parte da cobrança do estacionamento rotativo de Dourados. A Promotoria também viu irregularidades na contratação da empresa EXP Parking e a cobrança do parquímetro de Dourados. A promotoria denuncia a cobrança abusiva e que fere os artigos 52 e 39 do Código de Defesa do Consumidor. Isto porque a empresa cobra a partir de 30 minutos e o usuário que utilizar menos tempo, não tem ressarcimento pelo valor gasto para a taxa mínima.
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