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Waldir Guerra

Um bom motivo

19 Jul 2016 - 06h00
Um bom motivo  -
Dia de fazer o artigo, uma responsabilidade que procurei sempre cumprir nestes últimos 21 anos. Tenho um prazo combinado e determinado para entrega do artigo com o primeiro jornal que me cedeu espaço: O Progresso. Esta foi a primeira vez que não consegui cumprir o prazo determinado e por um motivo justo, a comemoração do meu aniversário.


Você deve estar pensando, assim como eu pensei, que essa comemoração não seria assim tão demorada e que teria o tempo necessário para escolher um assunto e, com algum tempinho bem dedicado, o trabalho seria entregue.


Afinal, a festa seria em casa mesmo, na companhia de alguns bons amigos que também estão de férias e, claro, mais os familiares – especialmente um neto que faz um estágio aqui na América do Norte e veio lá de Michigan para nos ver.


Pois bem, não considerei nem mesmo o efeito daquele vinho maravilhoso que, por ser muito bom mesmo, acabei exagerando dele e apaguei, literalmente, por um tempo além do normal.


Durante esses anos todos, quando tinha algum compromisso para o sábado à noite e o domingo pela manhã, antecipava para fazer o artigo na sexta e sábado pela manhã. No sábado – dia do aniversário – recebi intimação de amigos pelo telefone que, pelo menos, agradecesse os cumprimentos recebidos no Face.


Caí na besteira de tentar "navegar" nessa coisa louca e fui me envolvendo; brigando com o computador; pedindo socorro pra um, ou pra outro porque todo mundo sabe mexer com essas coisas melhor que eu e fui respondendo até onde dei conta. Daí, parei.


Amanhã, ou depois, ainda vou tentar ver pra quem respondi e retornar agradecendo aos que ainda não fiz. Mas já estou prometendo a mim mesmo que não irei me viciar nisso.


Agora sei por que o mundo todo anda – literalmente anda mesmo - com o olhar cravado no celular; ora digitando, ora lendo, ora falando e rindo, mas sem nunca desgrudar os olhos do celular. (agora mesmo levanto os olhos e vejo três jovens sentados em minha frente digitando, olhando e trocando mensagens). Sim, virou vício mesmo.


Desculpe porque possivelmente você também foi atacado por esse vírus que, apesar dos pesares, ainda não considero o mal maior. Penso que o mal maior é a exposição demais. Vejo pessoas expondo sua vida privada sem ter obrigação de fazê-lo, até porque não são pessoas públicas, nem com cargos públicos – estes, sim, deveriam ter a obrigação de mostrar o que fazem e nós, o direito de saber.


Explicada a minha falha, estou aqui de volta para cumprir isto que já estou considerando ser uma missão: dar conta de continuar escrevendo – agora como você deve ter notado, faço isso apenas quinzenalmente e sei que preciso continuar fazendo porque é uma das minhas técnicas para conservar bem o meu cérebro: forçá-lo a trabalhar, a ter um compromisso a cumprir.


Com o corpo – que Deus continue me ajudando com minhas articulações – porque pretendo continuar jogando tênis com os amigos algumas vezes por semana para que, fisicamente, continue saudável.


Boa semana a todos. Agora vou ligar para o jornal O Progresso e aos demais jornais e sites para que publiquem meu artigo, mesmo que com certo atraso, até porque o motivo desse atraso foi justo, a comemoração do meu aniversário.


Membro da Academia Douradense de Letras; foi vereador, secretário do Estado e deputado federal. e-mail: [email protected]

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